O termo latino Sapere Aude - Ouse Saber - traduz a essência de todo conteúdo deste blogger. Nosso desejo, aqui, é ajudá-lo a mergulhar em ideias que produzam um bem estar de prazer nesse imensurável mar de conhecimento. Logo, contribuiremos da melhor maneira possível para que indivíduos sejam “libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância” – como imaginava Sócrates. Portanto, saia da caverna, AGORA, e aproveite o máximo que puder. Um abraço...

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sábado, 16 de julho de 2011

Análise filosófica do filme Diamante de Sangue

“Meu coração me diz que as pessoas são boas. Minha
experiência sugere o contrário [...] É o que elas
fazem que as tornam boas ou más.
Sr. Benjamin em diálogo com Archer

A experiência dolorosa que a vida proporcionou a estes personagens fica clara, aqui, na maneira como suas falas convergem a um único ponto, a saber: o desespero. Os diálogos possuem um caráter filosófico e, logo, nos conduz aos seguintes questionamentos: o homem sempre foi bom em sua essência? é a sociedade e a idéia de pecado que o corrói? a natureza humana é má desde o princípio precisando, portanto, de valores morais e éticos para corrigi-la? Nos diálogos do filme Diamante de Sangue fica evidente a presença das ideias de dois grandes filósofos modernos, a saber: Thomas Hobbes (1588 — 1679) filósofo, político e matemático inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1651) e Jean-Jacques Rousseau (1712 —1778) filósofo e político iluminista escritor de várias obras entre as quais destacamos: Do Contrato Social e o Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens. Para este, o homem no estado de natureza – o bom selvagem – vivia feliz com os seus até o instante que engendra a sociedade privada e os interesses de uns tornam outros subservientes aos seus domínios, transformando-os em escravos. Para Rousseau, "O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe." Assim, para que o homem não seja escravizado, o filósofo propõe um contrato em que priorize a vontade unânime do povo, ou seja, a vontade geral. O soberano torna-se, então, a representação e materialização legal da vontade geral, preservando e instituindo a paz. Thomas Hobbes (1588 — 1679),
ao contrário do que pensa Rousseau, descredencia a ideia do bom selvagem. Pois, segundo Hobbes, no estado de natureza só existe luta, disputa, guerra e tensão constante entre os homens. Não há limites entres os homens. A disputa pelo poder e a dominação do outro é uma constante. Tal é a afirmativa célebre que resume muito bem o corpus de sua doutrina: "o homem é lobo do próprio homem”. Portanto, para que haja paz é necessária a existência de um contrato social para estabelecer a harmonia conforme a observância e obediência das leis. O homem, para Hobbes, é mau por natureza e a lei funciona como um corretivo. Vou ficando por aqui. Um abraço e até a próxima...

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