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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Homem Aranha 1 - Um filme de Sam Raimi


Homem-Aranha (Spider-Man, 2002), o filme, do diretor Sam Raimi traz em seu elenco principal James Franco (Harry Osborn, um jovem burguês e grande amigo de Peter Parker); Willem Dafoe (Dr. Norman Osborn/ Duende Verde é um cientista pesquisador da área de Nanotecnologia e pai Harry); Kirsten Dunst como Mary Jane Watson é uma jovem que sonha com a fama nos palcos de Nova York e, por fim, Tobey Maguire como o Homem-Aranha ou, simplesmente, Peter Parker um jovem estudante, fotógrafo e apaixonado pela bela Mary Jane. O longa já nos prepara de inicio para as diversas questões morais que se sucederão ao longo da trajetória de Peter Parker. Sãos estas as suas palavras iniciais: "Quem sou eu? Quer mesmo saber? A história da minha vida não é para os fracos. Quem disser que é um história feliz... Quem disser que eu sou um cara normal e despreocupado estará mentindo." E é neste compasso que tudo acontece. O filme conta a história do jovem Peter Parker
que em visita promovida pelo Dep. de Ciências da Univ. de Columbia é acidentalmente picado por um nova espécie de aranha que teve seu DNA modificado. Os cientistas da Columbia por um período de 5 anos através do mapa do DNA, usaram um RNA sintético para criar um novo genoma que combinava os dados genéticos de três diferentes espécies, a saber: A aranha Delena da familia Sparassidae que salta para capturar a sua presa; da família Filistatida do gênero Kukulcania cuja característica é lançar teias e, por fim, uma espécime que usa seus reflexos em velocidade assombrosa que para alguns estudiosos é visto como precognição, ou seja, a capacidade de prever o perigo. O acidente com a nova espécime mudou radicalmente a vida do jovem fotógrafo. Transformando-o naquilo que mais tarde seria conhecido como o Homem-Aranha. O seu tio Ben curioso com a mudança repentina do sobrinho oferece-lhe um carona na tentativa de poder colher dele algo que pudesse esclarecer todo esse mistério. Tio Ben procura, então,
questioná-lo e ajudá-lo sem saber ao certo do que estava acontecendo. Então, ele diz: "Nos próximos anos vai se tornar o homem que será para o resto da vida. Cuidado com o homem que será. (...) Lembre-se: um grande poder traz uma grande responsabilidade." Peter ao sair do carro e, ainda, surpreso pela conversa e sem total domínio de seus poderes, segue em busca de dinheiro afim de comprar um carro no objetivo de chamar a atenção da bela Mary Jane, sua vizinha, mesmo que para isso tivesse de lutar em um ring de vale-tudo que lhe renderia cifras de US$ 3 mil dólares caso ganhe o combate. Com a vitória nas mãos parte em busca da recompensa e para sua surpresa recebe das mãos do organizador do evento apenas US$ 10 dólares por ter ganho a luta em menos de 3 minutos. Insatisfeito, Peter, com o valor ao reclamar que não seria justo o que estava acontecendo, organizador disse: "E quem disse que isso é problema meu?" No instante em que se ausentava do local surge, em seguida, um ladrão afim de roubar todo o apurado da luta. Na hora da fuga o dono do evento pede que Peter o detenha, fato esse que não ocorreu. E perguntando a razão de não detê-lo, ele diz:"E quem disse que isso é problema meu?" E é, neste momento, que o longa começa a tomar corpo. Em primeiro lugar: a responsabilidade exigida pelo seu tio Ben na formação do seu caráter e, em segundo lugar, as consequências nefastas de uma conduta irresponsável em querer pagar o mal pelo mal. Pois, o mesmo ladrão que outrora ele não o deteve foi o principal acusado do assassinato do seu tio na tentativa frustrada de roubar
o seu carro. Do outro lado da história estava Dr. Osborn cientista renomado e responsável pela Oscorp cujo objetivo é se torna a principal fornecedora de equipamentos bélicos de última geração para as forças armadas dos EUA. Dr. Osborn e sua equipe trabalhavam, incansavelmente, em um soro humano estimulante capaz de fazer de um soldado um super guerreiro. Uma verdadeira máquina de guerra. Ao mesmo tempo desenvolve um planador que é uma poderosissíma arma de combate. No entanto, como os avanços seguem em passos lentos o Dr. e sua equipe recebem um ultimato do principal representante das forças armadas dos Estados Unidos - General Slocum - que caso não haja progresso no tempo estimado todo o contrato passará para a sua concorrência à Quest. Preocupado com a perda do contrato para á Quest, Dr. Osborn resolve testar nele mesmo o soro que, ainda, precisava passar por alguns reparos em sua composição. O soro foi responsável por aumentar em mais de 80% a força de um rato. Em contrapartida trouxe efeitos colaterais tais como: violência, agressividade e insanidade. E na ânsia de provar a si mesmo o valor de sua pesquisa, jamais testada em humano, submete-se ao teste e, em seguida, transforma-se em um máquina mortífera perdendo todo o senso de humanização. O longa segue com os eventos sendo contados de maneira paralela no transcorrer da história. Portanto, todos esse eventos ocorridos paralelamente serviu para fomentar no jovem Peter juízos de valores morais e éticos para com o outro. E, de uma vez por todas, incorporar a figura do herói para combater a injustiça. E como primeiro e grande desafio é deter o avanço do Duende Verde, Dr. Osborn, que  movido pelo ódio em ver seus projetos engavetados passou a destruir qualquer pessoas que atrapalhasse o seus planos. O diretor procurou evidenciar essa dualidade existente na natureza humana por via
de um diálogo com o Dr. Osborn e o seu inconsciente. "Não banque o inocente, diz a voz de sua outra natureza, comigo você sempre soube (...) Acho que era coincidência? (...) Nós os matamos. (...) Dando a você aquilo que sempre quis: um poder com o qual nunca sonhou. E é só o começo." Decidindo a todo o custo a continuar nesta ambição descabida o Duende Verde propõe ao Homem-Aranha a se unirem e, juntos, conquistarem tudo. Não cedendo as caprichos do Duende Verde, este decide eliminá-lo não atacando a sua mente ou seu corpo, mas o seu coração, ou seja. aterrorizando as pessoas as quais ele mais ama, a saber: a tia May e, depois, Mary Jane. E em uma das cenas mais bem construídas do longa é quando Duende Verde conduz a Mary Jane ao topo de uma ponte na espera do Homem-Aranha. Com uma das mãos ele segura a Mary Jane e com a outra ele segura, apenas, por
um cabo de aço um bonde repleto de crianças e, em seguida, lança o seguinte dilema: "Homem-Aranha. É por isso que só os tolos são heróis. Nunca se sabe um lunáticovirá com uma escolha sádica: deixar morrer a mulher que você ama ou sacrificar as criancinhas? Faça sua escolha, Aranha e veja como o herói é recompensado. (...) Nós escolhemos quem queremos ser. Agora escolha!" E em uma ação prodigiosa ele consegue ao saltar não só salvar a Mary Jane, mas, também, as crianças do bonde. Não satisfeito com a vitória parcial do Homem-Aranha, Duende Verde parte para o confronto final. E passado essa tormenta com fim do Duende Verde e Mary Jane incólume, aos poucos Peter Parker vai tomando consciência da sua real existência como herói, ou seja, não podendo amar o particular, Mary Jane, senão o geral - o mundo.
"Está é minha dádiva e a minha maldição.
Quem sou eu? Sou o Homem-Aranha."
Aqui, representado nas pessoas. Assim ele diz a si mesmo: "Eu não posso... contar tudo pra você. (...) Quero que saiba que sempre vou estar do seu lado. E disposto a cuidar de você. Eu prometo. Vou ser sempre seu amigo. É tudo que posso oferecer". Homem-Aranha, o filme, é marcado por grandes questões e lições, a saber: a ideia de que sou sempre responsável por meio dos meus próprios atos, que as minhas escolhas podem ter caráter irreparável e de que não vale a pena pagar o mal pelo mal. Portanto, Homem-Aranha não é um simples filme de aventura, mas uma um bela produção recheada de conteúdos filosóficos falado em uma linguagem acessível. Portanto, se não viu, então, veja e se já viu reveja e comente os valores deste belo filme. Um abraço e até a próxima. 

Homem-Aranha (2002) - Trailer Oficial
A cena mais espetacular do filme: 
O dilema do Homem-Aranha
Homem Aranha 1 - Completo

14 comentários:

  1. Sam Raimi é um diretor que fez uma bela transição dos filmes de baixo orçamento nos anos oitenta, para as grandes produções atuais.

    Este "Homem Aranha" é diversão de primeira qualidade.

    Abraço

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  2. Uma excelente franquia que sofreu com a subvalorização. Merecia mais destaque

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  3. Perdi as contas de quantas vezes assisti este filme. Os efeitos especiais, a história em si e claro, o protagonista fazem deste filme uma produção indispensável pra quem gosta de cinema. Estou adorando esta sequência! Nostalgia total!

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  4. Maxwel, você dá um show nessa matéria...É isso: quando se domina o assunto, quando se faz com amor e conhecimento, só temos de aplaudir.

    Obrigada pelas suas palavras no Das Artes.
    Abraços
    Tais

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  5. Você é especial para lidar com a matéria. Sua análise é cheia de profundidade e muda o foco que, geralmente, temos, ao assistir filmes da natureza.

    Bjs.

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  6. Também acho, Hugo. Sam Raimi trabalhou bem com os elementos. Ele merece, sim, toda nossa admiração. Valeu, Hugo. Um abraço...
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    É verdade, Breno. Gosto do Aranha. É por isso que estou fazendo uma Sessão destinada a essa figura sui generis. Um abraço...
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    Olá, Rubi. Também sou ligado nas história do Homem-Aranha. Muito obrigado pelas palavras. Nostalgia é palavra certa. Um abraço....
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    Oh, Taís. Obrigado, querida, por sua gentileza. Fico envaidecido. É um prazer tê-la neste espaço. Um abraço....
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    Oi, Marilene. Você sempre gentil comigo. Fico feliz por suas palavras. Isso só aumenta mais minha responsabilidade em produzir mais e melhor. Obrigado de verdade. Até a próxima...

    13 de fevereiro de 2012 14:01

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  7. Oi, Maxwell :) Que análise excelente! Eu vi o filme há algum tempo e preciso rever assim que possível. Concordo totalmente com sua interpretação.
    Lembro da cena final do Peter com a Mary Jane, e achei super interessante a escolha que ele fez. Teve um sentido muito maior.
    Tenho que conferir a seqüencia tbm.

    Bjs ;)

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  8. Grandes poderes trazem grandes responsabilidades.

    Claáááássico!

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  9. Alguns nerds radicais rejeitam a trilogia de Raimi. Discordo totalmente. Na minha opinião, poucas adaptações preservaram tão bem o espírito das HQs quanto a trilogia de Raimi. Nem o terceiro, que costuma ser considerado o mais fraco, é ruim. Estou tendo calafrios com esse reboot que vão lançar em breve. Vão mexer no que não é para ser mexido.

    Belo texto, amigo! Abraço!

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  10. Este eu ja assisti :) acho incrivel, direção, produção e fotografia e interpretação.
    Excelente tua escolha!!
    Congratulações.

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  11. Olá Maxwell, Incrível seu post, completo, rico em detalhes e com uma estética invejável. Parabens. O Homem Aranha é de longe um dos futuros grandes clássicos da história do cinema, um cine pipoca perfeito que imortalizou Maguire como o inesquecível Peter.

    Grande Abraço,

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  12. Olá, Ana. Sempre muito gentil, aqui, neste espaço. A parte final é belíssima. Um abraço...
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    Oi, Adécio. É a frase central deste filme. Valeu, companheiro.
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    Olá, Fábio. Não compreendo como alguém, ainda, tentar tirar o crédito deste herói e desta excelente trilogia. Ninguém é perfeito, né, Fábio!! Valeu. Um abraço...
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    Olá, Paulo. A composição da obra é realmente fantástica. Um abraço, companheiro...
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    Olá, Jefferson. Acredito, também, que Maguire será, sim, imortalizado nesta excelente trilogia. No mais, obrigado pelas palavras, irmão. Um abraço...

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  13. Concordo com o Hugo, Raimi é um realizador inteligente e fez aqui um óptimo blockbuster.

    Gosto do blog! Cumprimentos.

    http://onarradorsubjectivo.blogspot.com/

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  14. Olá. Obrigado pela visita. Estarei, também, dando uma passada lá. Um abraço...

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