Inspirado no livro, A Invenção de Hugo Cabret, do escritor Brian Selznick o diretor Martin Scorsese em seu filme, A Invenção de Hugo Cabret (The Invention of Hugo Cabret, 2011), nos brinda com uma bela homenagem ao cinemal. O longa trás no elenco principal Bem Kingsley (Sr. Georges Méliès (1861-1938)), Chloe Moretz (Isabella) e Asa Butterfield como Hugo Cabret. O filme conta história de Hugo, um garoto órfão que passa a viver com o seu tio Claude em uma estação de trem após a morte do pai, vítima de um incêndio onde trabalhava. Consigo Hugo trouxe um autômato, um objeto de corda capaz de escrever e desenhar, que estava abandonado e danificado no sótão do museu onde seu pai trabalhava. O mais curioso é que nele havia, também, um buraco de fechadura em formato de coração. Além da pequena máquina lhe restou um opúsculo
repleto de desenhos feitos por seu pai na tentativa de desvendar os segredos do autômato cabendo, agora, a ele essa tarefa. Imbuído no propósito de salvaguardar e concertar o autômato, Hugo parte a procura de peças mesmo que para isso seja necessário roubá-las. E é aí, então, que ele é pego pelo Sr. Georges Méliès, um proprietário de uma pequena loja de brinquedos na estação, quando já se preparava para roubar mais um objeto. O Sr. Méliès o deteve e, em seguida, esvaziou todos os seus bolsos encontrando peças que seriam de sua suposta loja e o caderno de desenho. Surpreso com o que viu e, ainda, mais pelo caderno repleto de anotações a respeito do autômato, o Sr Méliès promete não mais entregá-lo causando no garoto uma tremenda insatisfação. Inconformado com a perda do caderno, Hugo o segue até a sua residência e insisti que o devolva. Prometendo não devolvê-lo, mas destruí-lo, o Sr. Méliès o ignora. Persistente ele permanece por um longo tempo em frente de sua residência até que chama atenção de Isabelle, sobrinha do Sr. Méliès, que curiosa vai ao seu encontro
e, logo, resolve ajudá-lo. E juntos forma uma grande amizade e passam a viver, também, uma grande e fantástica aventura. E é bem na livraria do Monsieur Labisse (Christopher Lee) que Isabelle, em um novo encontro, comunica-o que o caderno não foi destruído e que, portanto, há esperança em reavê-lo. Leitora assídua resolve não mais, apenas, viver as aventuras existentes nos livros e parte para vivê-los na prática ao lado de seu maisnovo amigo. Ela o apresenta a livraria e ele a convida para conhecer o cinema. Um casamento perfeito: cinema e literatura. Sedentos por saber mais a respeito do cinema seguem em direção a biblioteca da Academia de Cinema e em meio a tantos livros se destaca, apenas, um: “A Invenção dos Sonhos” de René Tabard. A aventura passa a ficar cada vez mais curiosa quando ao folhearem o livro encontram uma referência ao Sr. Georges Méliès, tio de Isabelle, a respeito de sua vida e obra. Portanto, é neste contexto que o filme se constrói; em um maravilhoso encadeamento de situações onde cada pessoa torna-se especial na vida do outro, realizando, assim, cada um ao seu modo a sua própria tarefa. Um dos belos momentos do longa, fica reservado para o diálogo entre Hugo e Isabelle a respeito da interdependência que todos temos de um para com o outro e de que todo ser humano possui o seu valor nesta grande engrenagem que é o mundo. Ao ser surpreendido com um livro, As Aventuras de Robison
Crusoé, dado pelo o livreiro, ele diz a Isabelle: “Monsieur Labisse me deu um livro. (...) Ele tem um propósito. (...) Tudo tem um propósito. Até as máquinas. Os relógios dizem as horas. Os trens levam a lugares. Servem seus propósitos. (...) Por isso as máquina quebradas me deixam tristes. Não servem a seus propósitos. Talvez seja assim com as pessoas. Perder o nosso propósito é como estar quebrado.” O autor, Brian Selznick, em meio a bela adaptação feita por Martin Scorsese nos mostra como as nossas ações não são vistas de forma isolada, mas atrelada a um encadeamento quer sejam boas ou más terão, necessariamente, uma implicação para com o outro. Isso pode ser compreendido, aqui, da seguinte forma: Hugo que morar com o seu tio, Sr. Georges Méliès que fica com o caderno de anotações, Hugo vai atrás do seu caderno, amizade com a sobrinha do Sr. Méliès, enfim, toda ação desencadeia uma nova situação na existência. Por conseguinte, A Invenção de Hugo Cabret é um filme que mostra que não é saudável desenvolver atitudes mesquinhas, mas, pelo contrário, viver uma relação de dependência no compartilhar de atitudes virtuosas com o próximo é extremamente belo. Pois, ninguém, meu amigo(a), pode ser feliz sozinho. Espero que tenham gostado. Um abraço e até a próxima postagem.
repleto de desenhos feitos por seu pai na tentativa de desvendar os segredos do autômato cabendo, agora, a ele essa tarefa. Imbuído no propósito de salvaguardar e concertar o autômato, Hugo parte a procura de peças mesmo que para isso seja necessário roubá-las. E é aí, então, que ele é pego pelo Sr. Georges Méliès, um proprietário de uma pequena loja de brinquedos na estação, quando já se preparava para roubar mais um objeto. O Sr. Méliès o deteve e, em seguida, esvaziou todos os seus bolsos encontrando peças que seriam de sua suposta loja e o caderno de desenho. Surpreso com o que viu e, ainda, mais pelo caderno repleto de anotações a respeito do autômato, o Sr Méliès promete não mais entregá-lo causando no garoto uma tremenda insatisfação. Inconformado com a perda do caderno, Hugo o segue até a sua residência e insisti que o devolva. Prometendo não devolvê-lo, mas destruí-lo, o Sr. Méliès o ignora. Persistente ele permanece por um longo tempo em frente de sua residência até que chama atenção de Isabelle, sobrinha do Sr. Méliès, que curiosa vai ao seu encontro
e, logo, resolve ajudá-lo. E juntos forma uma grande amizade e passam a viver, também, uma grande e fantástica aventura. E é bem na livraria do Monsieur Labisse (Christopher Lee) que Isabelle, em um novo encontro, comunica-o que o caderno não foi destruído e que, portanto, há esperança em reavê-lo. Leitora assídua resolve não mais, apenas, viver as aventuras existentes nos livros e parte para vivê-los na prática ao lado de seu maisnovo amigo. Ela o apresenta a livraria e ele a convida para conhecer o cinema. Um casamento perfeito: cinema e literatura. Sedentos por saber mais a respeito do cinema seguem em direção a biblioteca da Academia de Cinema e em meio a tantos livros se destaca, apenas, um: “A Invenção dos Sonhos” de René Tabard. A aventura passa a ficar cada vez mais curiosa quando ao folhearem o livro encontram uma referência ao Sr. Georges Méliès, tio de Isabelle, a respeito de sua vida e obra. Portanto, é neste contexto que o filme se constrói; em um maravilhoso encadeamento de situações onde cada pessoa torna-se especial na vida do outro, realizando, assim, cada um ao seu modo a sua própria tarefa. Um dos belos momentos do longa, fica reservado para o diálogo entre Hugo e Isabelle a respeito da interdependência que todos temos de um para com o outro e de que todo ser humano possui o seu valor nesta grande engrenagem que é o mundo. Ao ser surpreendido com um livro, As Aventuras de Robison
“Venham sonhar comigo.”
Georges Méliès
A Invenção de Hugo Cabret (2011) - Trailer Oficial
Um filme belíssimo, era o meu favorito no Oscar, pena que não venceu. Além disso, uma aula de cinema do mestre Scorsese, em todos os aspectos. Ah, e o 3D do filme é incrível. Abraço, Maxwell!
ResponderExcluirO filme parece maravilhoso.irei ver assim que for possivel.
ResponderExcluirUm abraço!
Filme perfeito, Scorsese mais uma vez mostra pq é um dos grandes cineastas da atualidade. Perfeita homenagem ao George Mélies. Não deve agradar muito as crianças (a não ser que elas conheçam a história do cinema, kkk) mas para nós cinéfilos é um presente perfeito.
ResponderExcluirÓtimo Post.
Abração
Oi, Maxwell :) Eu não sabia que o filme era baseado em um livro. Eu quero assistir assim que sair em DVD.
ResponderExcluirEu vi o trailer e achei mágico. A parte que sempre me chama mais atenção é essa do relógio, que está na imagem do post. ^^
Bjs ;)
Oi, Fábio. Apostei nesse, também. Mas, fiquei contente com escolha do "Artista". Foi merecido. Até...
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Oi, Smareis. Você não vai se arrepender. Um abraço...
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Oi, Jefferson. Gostei da homenagem que fizeram a Georges Mèlies. A ideia do filme é fabulosa.
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Olá, Ana. Fiquei curioso, também, para conferir o livro. As imagens do filme são belas. Um abraço
Quem ama cinema sabe que não pode deixar de assistir a um filme do grande mestre Scorsese, não é?
ResponderExcluirPelo que escreveu sobre a menságm da nossa interdependência para com o outro, da unidade da vida. Belo mesmo!
Luz
Ana
Comungo do mesmo ideal que você, Ana. Scorsese é um dos grandes. O filme, também. Até...
ResponderExcluiròtimo filme. Dizem que o 3d foi bem feito, uma pena pois vi no 2D, mas a história é emocionante.
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