Quino
A moral dos vencedores e a dos perdedores
A Tese Todas as doutrinas éticas elaboradas pela filosofia sempre se apresentaram como sistemas absolutos, universais, supra-históricos, válidos para todos os tempos e países. Invertendo também aqui os esquemas tradicionais, Nietzsche enfrenta o problema ético por meio de uma genealogia, ou seja, uma narrativa do nascimento e do desenvolvimento histórico-psicológico das doutrinas morais. A ética da aristocracia dominante na antiga Grécia fundava-se no valor do indivíduo, na qualidade de sua pessoa, prescindindo dos comportamentos efetivamente adotados. A saúde, a juventude, a sexualidade, o orgulho da própria força, o desejo de domínio expresso sem falsos pudores eram então considerados como virtudes. Mas essa vital alegria de viver decaiu com a aristocracia cavalheiresca que a havia inventado, sendo substituída por uma moral de escravos (as éticas filosóficas) e, depois, o Cristianismo, a grande doença psíquica do homem ocidental os novos valores que se impuseram são ainda os mesmo pelos quais somos educados: o pudor do corpo, a vergonha da sexualidade, a humildade, o amor pela pobreza, a renúncia a viver em plenitude, o desejo de morte.
NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia - Das origens à idade moderna.São Paulo, Ed. Globo.2002. p. 411.
A filosofia contemporânea ainda contemporânea, graças as Nietzche. Assim que conheci suas primeiras palavras, achei tudo planenamente plausível e coerente.
ResponderExcluirO espaço que você mantém aqui é muito rico e indispensável.
eu querido que maravilha é seu blog, Adoro Nietzsche e sua filosofia. Só agradeço! Vou assistir tudo.
ResponderExcluirBjs e Luz!
Ana Coeli
Pois é, Bruno, vejo Nietzsche como um dos filósofos de leitura obrigatória para pensadores intelectuais de todas áreas do conhecimento.
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Você só tem a ganhar com isso, Ana Coeli. Nietzsche é um filósofo indispensável. Um abraço, amiga...
Adorei o seu blog!
ResponderExcluirSério, um conteúdo muito rico!
E eu adoro Nietzche, inclusive li recentemente um livro: "´Mídia, máfias e rock'n'roll" de Claudio J. Tognole. Principalmente no início, ele cita diversas vezes o filósofo.
Gostei e está em meus favoritos o seu blog!
Beijo
Obrigado, Joy. Valeu pela dica de livro. Um abraço...
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