Desde Platão (428 – 347 a. C.) – filósofo grego e um dos mais importantes pensadores da antiguidade – o amor permanece sendo o objeto de estudo e reflexão de todos que se interessam pelo exercício do filosofar. Pois, não é em vão que a própria palavra filosofia signifique amor pela sabedoria.
No século XVIII, na capital da Dinamarca, Copenhague, nasceu – o pai do existencialismo moderno – Søren Aabye Kierkegaard (1813–1855). Filósofo do paradoxo, de uma abstração invejável, de uma escrita encantadora e ao mesmo tempo repulsiva, suas obras se destacam pela originalidade dos conceitos e de uma intrepidez frente às ideias de toda uma corrente romântica que tinha como principal pensador e opositor o filósofo alemão Hegel (1770 – 1831).
Kierkegaard escreveu uma obra – As obras do amor - em que transcorre acerca do ato de amar, bem como a sua implicação frente ao outro. Para o filósofo existem dois tipos de amor, a saber: o amor espontâneo e o amor eterno. No primeiro, aquele está fadado a perecer devido a sua finitude e temporalidade. Seu prazer está no imediato, na sensação efêmera e erótica do instante. Todo o seu desejo amoroso corre o risco de transformar-se em seu contrário como, por exemplo: o ódio, a dor, o medo, a aflição e etc. Em segundo lugar, encontra-se – para Kierkegaard – no que há de mais louvável, belo e essencial a todos os Indivíduos – o amor eterno. Este amor não é preferencial a este ou aquele Indivíduo, mas a todos sem acepção os alcança. Esta forma de amar possui em sua essência um caráter de Lei divina e, também, uma ordem imperativa – Tu deves amar.
Portanto, o amor em Kierkegaard, não assume apenas um caráter de aspecto particular, erótico e estético – próprio do amor preferencial ou espontâneo –, mas, a todos de uma forma universal, ou seja, eterna.
Logo, além de filósofo da existência, bem que ele poderia ser chamado, também, de filósofo do amor. Você não acha?
Eu acho. Acho também que todos deveriam seguir sua filosofia, só assim, aprenderiam a amar. Já estou por aqui, seguindo o Blogger.
ResponderExcluir