J.R.R Tolkien (1892-1973) .
O criador dos Senhor dos Aneis.
"Três Aneis para os Reis–Elfos sob este céu,
Sete para os Senhores–Anões em seus rochosos corredores,
Nove para Homens Mortais, fadados ao eterno sono,
Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.
Um Anel para a todos governar; Um Anel para encontrá-los,
Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam."
Citação extraída do livro, O Senhor dos Aneis, de J.R.R Tolkien.
"Até mesmo a menor das pessoas
pode mudar o rumo do futuro."
Galadriel
O filme, A Sociedade do Anel (The Fellowship of The Ring, 2001), de Peter Jackson é uma história baseada na obra clássica do britânico J. R. R. Tolkien (1892-1973), romancista, filólogo e professor. O Senhor dos Anéis é uma trilogia composta por três grandiosas obras, a saber: A Sociedade do Anel, As duas Torres e o Retorno do Rei. Neste primeiro filme, A Sociedade do Anel, o diretor adaptou para o cinema sem nada a dever ao livro. A sensibilidade que mostrou no encadeamento da construção sistemática do filme é sui generis. Os elementos presentes no romance são bem explorados, fazendo deste filme e dos demais uma verdadeira obra prima do cinema. A história começa no Condado, uma espécie de vila dos hobbits (seres pequeninos que habitam a Terra-Média), quando Elijah Wood no papel de Frodo Bolseiro recebe Um Anel de Poder entregue pelo Mago Gandalf (Ian Mckellen) que esteve por muitos anos na posse do
seu tio, Bilbo Bolseiro (Ian Holm). A missão dada a Frodo não era nada fácil: conduzir o Anel até Mordor e na Montanha da Perdição lançá-lo ao fogo, local onde foi forjado pelo Senhor do Escuro, Sauron. O Um Anel que esteve numa época remota na posse de Sauron, agora está com Frodo. A tentativa de Sauron juntamente com o seu exército de Orcs, Nazgûl (Espectro do Anel, Nove Reis enganados por Sauron), Saruman (Christopher Lee), mago que se junta aos interesses do Senhor do Escuro na busca pelo Um Anel, é encontrá-lo e governar pela segunda vez a Terra-Média. A busca é recíproca uma vez que o Um Anel ou o Anel de Poder possui vida própria e a todo tempo
A Comitiva do Anel |
busca quem o forjou, Sauron. E é neste sombrio contexto que está Frodo. No entanto, ele não está totalmente só e com ele segue seus amigos, também, hobbits: Sam (Sean Astin), seu melhor amigo, Pippin (Billy Boyd) e Mery (Dominic Monaghan). Além dos hobbits estavam Galdalf, o mago, Legolas (Orlando Bloom), o elfo, Gimli (John Rhys-Davies), o anão, Boromir (Sean Bean) e Aragorn, herdeiro de Isildur e do Trono de Gondor . A Comitiva do Anel está completa. A saga é, portanto, repleta de aventura, emoção, fantasia e muita ação. A ideia da amizade entre Frodo e Sam é digna de nota, a perseverança e esperança na tentativa de destruir ou tentar aniquilar o mal é uma constante em todo o filme, a construção ética dos personagens, o conceito de poder atribuido ao Anel como referência a ideia do mal, o desejo dos homens pelo poder são aperitivos para toda excelente construção do filme. O filme traz, também, belas passagens e ricos diálogos. Um destes ocorre no instante em que Gandalf antes da formação da Comitiva do Anel em Valfenda, casa de Elrond, o elfo, diz ao anfitrião a respeito da raça dos homens: "É nos homens que precisamos pôr nossas esperanças." A fala de Frodo é
sempre marcante na história. Antes da formação da Comitiva discutia-se sobre quem levaria o Anel de Poder. E não suportando ver o tumulto que crescia Frodo Bolseiro, o pequeno hobbit, anuncia a todos: “Eu o levarei o Anel a Mordor.” Importante, também,
destacar o romance entre Aragorn e Arwen, filha de Elrond, é, talvez, um dos mais belos momentos do filme uma vez que ela estava disposta a lançar mão de sua própria imortalidade para viver ao lado dele: “Prefiro compartilhar uma vida com você a encarar sozinha as Eras deste mundo. Eu escolho uma vida mortal." Outra coisa são as lições de Gandalf: respeito, paciência, tolerância, misericórdia
e amor ao próximo, transformam-no em um modelo para todos. Em uma das cenas em que Frodo movido pela carga pesada de ser o portado do Anel manifesta todos seus medos buscando uma explicação racional para tudo isso e, diante de Galdalf ele diz: “Eu queria que o Anel nunca tivesse vindo a mim. Queria que nada disso tivesse acontecido.” E em um dos momentos mais belos do filme, Gandalf com um olhar de total complacência e graça , fala a Frodo: "Assim como todos que vivem para ver tempos assim. Mas não cabe a eles decidir. Temos de decidir apenas o que fazer como o tempo que nos é dado."
Tolkien, o autor da obra, destaca a amizade como valor fundamental na construção do caráter e da sociedade. Sam e Frodo exemplifica bem a ideia do seu criador, imagem essa que através de Peter Jackson, diretor do filme, ganha projeção com grande maestria. Essa amizade entre ambos é revelada na forma de promessa que Sam faz ao seu amigo, Frodo, que jamais o abandonaria: "Eu fiz uma promessa, Sr. Frodo. Uma promessa." Portanto, o filme mostra que lutar é saudável desde que e quando nossos objetivos sejam para o bem do coletivo, que a amizade é um valor incalculável, que a esperança é uma dádiva e que o amor é a mola propulsora da existência. Por conseguinte, mais que uma produção artística e cultural , A Sociedade do Anel, é uma rica lição de vida. Desfrute bem deste filme e até breve...
A Sociedade do Anel(2001) - Trailer oficial
Marcante este filme, sem dúvida! Gostei do o ler.
ResponderExcluirum abraço
oa.s
Muito marcante esse filme. Aprendi muito com os livros também.
ResponderExcluirAbraço
Olá Maxwell,
ResponderExcluirVi o trailer, mas nem precisava. Suas observações
sobre o filme já foram suficientemente motivadoras.
Você está de parabéns, pois encanta em sua descrição.
Grande abraço.
Maxwell,
ResponderExcluirhonra tê-lo no meu cantinho.
Nossa! Você narra lindamente aqui.
Muito interessante.
Beijinho
Maxwell, belo, valioso blog de informações e amor ao conhecimento - acrescento, sobre o post abaixo, que o mágico de oz tem uma sincronia perfeita com a música the dark side of the moon, veja no youtube. abs,
ResponderExcluirsou muito fã da trilogia dos Aneis, nossa, assisti muitas vezes, mesmo com a longa duração q não me incomoda em nada. Otimo texto, na minha opinião o melhor dos tres é AS DUAS TORRES. Abs!
ResponderExcluirRealmente é muito marcante, O.A.S. Um abraço...
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Concordo com você, Vagalume.
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Obrigado, Vera. Você é muito gentil.
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Obrigado pelo "lindamente", Aletoriamente. Um abraço...
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Valeu a visita, missosso. Concordo com você a respeito da música "The dark side of the moon". Um abraço...
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Também, Celo, sou fã desta trilogia, de Tolkien e de Peter Jackson. Estarei postando toda a trilogia, aqui. Um abraço, irmão...
D+, Maxwell. Vire e mexe lá estou eu me permitindo uma nova leitura dessa trilogia. Na minha opinião, um dos melhores filmes dos últimos tempos. E os efeitos especiais? Show,né? Como sempre, perfeita sua resenha. Parabéns!!!
ResponderExcluirEu fiz uma promessa: voltarei sempre pra te ler.:)
Um abraço.:)
Eu agradeci sua força no post compriiiiiiiiiiiiido.:)Obrigada, mais uma vez.
Olá! Primeiramente obrigado pela visita. Falar da trilogia O Senhor dos Anéis torna-se um prazer, pois é algo que admiramos e que trouxe uma revolução no mundo do cinema. Já virou clássico!
ResponderExcluirForte abraço e sucesso!
Acabei de ficar mais rica, Maxwell, por ter feito um formidável passeio pelos seus escritos.
ResponderExcluirSempre ousei saber, daí a minha imensurável fortuna.Parei aqui, para comentar. Conheço essa trilogia: Magnífica!Seu blog,também.
Agradeço, sua ida à Cadeirinha de Arruar.
Eu volto...um abraço,
Lúcia
Olá, Maxwell! Quero, antes de tudo, te parabenizar pelo belíssimo espaço virtual que você criou, para compartilhar experiências, impressões, sugestões. Ótimo, o teu blog. E olha que estou apenas iniciando as leituras. Estarei aqui visitando-o frequentemente.
ResponderExcluirQuanto ao filme, não tenho muito a acrescentar aos ótimos comentários. O filme é, de fato, maravilhoso. Lembro quando assisti "A Sociedade do Anel" no cinema, como fiquei maravilhado e ansioso pela continuação da saga. Tua postagem reavivou este sentimento em mim e por conta dela vou buscar um tempo para assistir a trilogia novamente.
Abraços e parabéns mais uma vez!
Hola Maxwell, siento no poder opinar porque no he visto esta película, nunca me atrae ver cosas que no sean la pura realidad y eso me aleja de cosas buenas, seguro, pero soy incapaz.
ResponderExcluirQuería que supieras que me alegró el corazón tu comentario que leí tan fresco y bonito y te doy las gracias por hacerme sentir bien.
Me quedo por aquí aunque no sé si podré entenderte bien.
Un fuerte abrazo agradecido.
Obrigado mais uma vez, Lau. Um abraço.
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É verdade, Aderson. Já virou uma revolução no mundo do cinema.
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Ok, professora, Lúcia. Obrigado pela palavras... Que bom encontrar pessoas, assim, que ousam saber. Esse é o nosso lema. Até...
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Que bom que a postagem despertou você, Nevson. Esse é o nosso desejo aqui. Um abraço...
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Hola, Beatriz. Tu espacio, también, es muy sencillo. He gustado demasiadamente de las poesias. Me encanta oírlas por medio de tu voz. Un abrazo...
Olá Maxwell, não vi A Sociedade do Anel. Você narra muito bem o filme. Vi o trailer e senti muito curiosa pra ver. Obrigada pela leitura. Um abraço e ótima semana.
ResponderExcluirOlá Maxwell.
ResponderExcluirSe eu disser a você e a todos que aqui estão que já assisti à trilogia 11 vezes você acreditaria? Mas deveria pois sou viciado neste filme. Só achei que como se trata de um filme no âmbito medieval, deveriam ter cenas mais explícitas de cortes de cabeças, pernas, sangue jorrando como foi no filme 300, Coração Valente, Conan o Bárbaro ainda com o Arnold Schwazeneger. Gosto assim, mas de qualquer forma não tira o brilho da história, do belo lugar onde efetuaram as filmagens e as atuações dos atores que foram especialíssimos.
Grande de abraço.
Obrigado, Smareis. Fico feliz que a postagem tem motivado você...
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Acredito que não fosse o objetivo de Tolkien e, muitos menos, de Peter Jackson, o diretor, em não explorar a carnificina que é próprio destes filmes de época. Penso que a ideia seja outra, ou seja, explorar os valores e todo o conteúdo subjetivo da obra. Um abraço, Miranda...