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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Alain de Botton - Nietzche e o Sofrimento.


"Torna-te aquilo que és."

(1844-1900)
  Friedrich Nietzsche nasceu em 1844. Estudou filologia clássica em Bonn e em Leipzig, e em 1869, aos vinte e cinco anos, foi nomeado professor dessa disciplina na Basiléia Em 1879, a doença o obrigou a abandonar seu cargo, e viveu independentemente como escritor. Em 1889 perdeu a razão, e morreu alienado em 1900, ao terminar o século XIX.
   Nietzsche é uma mentalidade muito complexa, tinha grandes dotes artísticos, e é um dos melhores escritores alemães modernos. Seu estilo, tanto em prosa como em poesia, é apaixonado, ardente e de grande beleza literária. O conhecimento e o interesse pela cultura grega cumpriram um grande papel em sua filosofia. Mas o tema central do seu pensamento é o homem, a vida humana, e todo ele está carregado de preocupação histórica e ética. Sofreu grande influência de Schopenhauer e de Wagner; e talvez isso tenha acentuado sua significação literária e artística e ampliado sua influência, que foi muito ampla, porém em prejuízo de sua filosofia e de sua justa valorização posterior.
Extraído do livro: MARÍAS, Julián. História da Filosofia. São Paulo, Martins Fontes, 2004, pg 401.

O filósofo Alain de Botton - Nietzche e o Sofrimento 


24 comentários:

  1. Ele foi uma grande pensador, sem dúvida, mas, dado que sou um cristão convicto, não concordo com boa parte de suas ideias.De qualquer, forma respeito aqueless têm posicionamento diferente.Abraço, amigo!

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  2. Uma vez entendo a religião como um desserviço ao Evangelho. Nietzsche é um ferrenho crítico deste sistema de dogmas preestabelecidos pela Igreja. A religião, Fábio, está mergulhada em ideias preconceituosas, ardilosas, tendenciosas e amorais. Nietzsche aponta para isso. Quando nos deparamos com certas denominações ditas como "cristãs" que usam da palavra como meio para ludibriar a fé de muitos, a saber: prometendo rios de dinheiro,aqui, na Terra, curas automáticas que não passam de um imediatismo barato e que para isso se faz necessário uma condição: contribuir, contribuir, contribuir.. E outra coisa: quanto mais você contribuir maior será a sua recompensa, que eles chamam de "bênção". Bênção material. Porque o que eles buscam não é o reino dos céus, é o reino da terra. Querem o a cura de Jesus. Não o Jesus da cura. Essa religião é caótica, vazia e sem brilho. Nietzsche, Fábio, foi e continua sendo muito mal interpretado. É preciso lê-lo com outros olhos. Um abraço, amigo...

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  3. Eu por vezes me assusto com alguns pensamentos desse mestre.

    O Falcão Maltês

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  4. Respeito seus pensamentos. Mesmo não concordando com alguns. Beijos e ótima semana.

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  5. Ele é um filósofo diferenciado, Antonio. Um abraço, amigo...
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    Muito obrigado, Smareis. Um abraço...
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    Obrigado, Raquel. Um ótima semana pra você, também.

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  6. Eu tenho curiosidade de ler uma das obras de Nietzsche. Vou escolher uma prosa de sua autoria qualquer dia desses pra começar. Fiquei mais interessada depois do que vc citou sobre o estilo literário dele: apaixonado, ardente e de grande beleza.

    Bjs ;)

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  7. Cara, um texto bem explanativo para um leigo como eu, tenho lido tão pouco... tenho q retomar esse gosto. Abs

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  8. Maxwell,

    É sempre bom sabermos que Nietzsche está tendo sua obra divulgada na Internet, em blogs como o seu.

    O primeiro livro de Nietzsche que li, antes ainda de ingressar na Universidade, foi "Assim Falava Zaratustra".

    Atualmente a Editora Escala publicou:

    1. Da Utilidade do Inconveniente da História para a Vida;

    2. Nietzsch - Schopenhauer Educador;

    3. O Nascimento da Tragédia;

    4. Além do Bem e do Mal.

    Um abraço,
    Pedro.

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  9. Maxwell, então o que você condena é o mau uso da religião feito por algumas instituições religiosas. Qualquer coisa que é feita por homens estará sujeita a falhas, distorções e surgimento de interesses mesquinhos. O ser humano é assim mesmo.

    A questão é que Nietzsche não condenava apenas os sistemas religiosos institucionais, mas a própria essência do cristianismo ao afirmar que ele é uma doutrina para "fracos", quando, na realidade, ser como Cristo exige a maior força e coragem possíveis para um ser humano. Um certo compositor nosso já dizia "ter bondade é ter coragem".

    É esse tipo de pensamento de Nietzsche que foi usado pelos nazistas para formular sua "doutrina". Tudo bem, sei que vc vai dizer que houve deturpações (e houve mesmo, como de hábito no nazismo), mas é o tipo de pensamento que dá margem a mentes desequilibradas tirarem conclusões equivocadas.

    Aliás, às vezes Nietzsche me parece meio infantil ao tentar substituir Cristo por um "super-homem", o que não deixa de ser a substituição de uma divindade por outra.

    Abraço e até a próxima.

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  10. Obrigado, Ana. A nossa função, aqui, é essa. Esclarecer. Um abraço...
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    Que bom Celo. Fico feliz em ajudá-lo...
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    É ótimo ter um leitor, aqui, como você, Pedro Luso.
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  11. 1º Parte

    Caro, Fábio
    É sempre um prazer ler os seus comentários, aqui, neste espaço democraticamente consolidado. Fico feliz em saber que o blogger – Sapere Aude – esteja cumprindo o seu intento; afinal, foi pra isso que ele foi engendrado. Quero aproveitar o espaço, Fábio, para tecer algumas pequenas considerações sobre a sua mais recente participação. Em primeiro lugar: eu não condeno uso da religião feita por algumas instituições religiosas. Este fenômeno, que é a religião, já se condena a si mesma. Nietzsche vê no Cristianismo uma espécie de bandeide para alma. Entenda-se, aqui, Cristianismo não como a mensagem genuína ou aquilo que você entende por “essência”, mas, sim um aglomerado de idéias e doutrinas construídas sob a égide de correntes humanas e tendenciosas que visam o poder pelo medo. Assim diz o filósofo: “O cristianismo surgiu para aliviar o coração; atualmente precisa antes sobrecarregar o coração para poder em seguida aliviá-lo. Conseqüentemente, caminha para ruína.”[1] Trocando em miúdos: a imposição da palavra pelo medo, culpa, pecado, inferno e condenação eterna são motivos de sobra para atormentar qualquer “cristão”. A observância de tais preceitos renderá ao candidato ao galardão certo alívio de suas penas. Isto que dizer: “Estou fazendo a minha parte e, logo, Deus fará a dele.” É o famoso toma lá dá cá. A velha poderosa barganha. Quando você afirma que aos homens estarão sujeitos a falhas e que, portanto, o ser humano é assim mesmo. Isso, Fábio, é uma maneira de camuflar e justiçar as nossas fraquezas se caso venhamos a errar. Coisa essa que sempre fazemos. Não é verdade? E os velhos jargões continuam a ser repetidos entre os religiosos: “A carne, irmão, é fraca.” “Deus sabe todas as coisas. Ele conhece meu coração. Oro para que Deus conceda-me a força para lutar contra este mal que tão de perto me assola.” E por ai vai... Veja o Nietzsche diz a respeito disso: “É um truque do cristianismo pregar a total indignidade, pecabilidade e baixeza do homem em geral de forma tão altissonante que o desprezo do próximo já não é possível. “Ele pode pecar quanto, quiser, nem por isso se distingue essencialmente de mim: sou eu que sou indigno e desprezível de todas as formas”, é o que o cristão se diz a sim mesmo. Mas também esse sentimento perdeu seu aguilhão mais afiado porque o cristão não crê em sua abjeção individual: ele é mau como homem em geral e se tranqüiliza um pouco com a máxima: ”Todos nós somos da mesma espécie.”[2] O cristão, Fábio, segundo Nietzche não crendo em “sua abjeção individual”, pois o mesmo vive na zona de conforto e de comodidade no cumprimento dos seus deveres para com Deus, para com o pastor, o padre, o chefe, o vizinho etc e se caso ele venha transgredir qualquer princípio litúrgico não tenho nada que se preocupar porque “Todos nós somos da mesma espécie.”

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  12. 2º Parte
    Em segundo lugar, Nietzsche não condena a essência do cristianismo. Isso, talvez, tenha ficado claro no ponto acima. Você diz, também, que “ser como Cristo exige a maior força e coragem possíveis para um ser humano.” Essa vida de ascese a qual você se refere é para o filósofo um ato desprovido de dor. Não há com que lutar. A este que renunciou perenemente a sua própria vontade e mais fácil que renunciá-la ocasionalmente. Nietzsche faz um paralelo com o Estado quando diz: “Se pensarmos na situação atual do homem frente ao Estado, constatamos também aí que a obediência incondicional é mais cômoda que a condicional.”[3] Sabe daquele ditado, Fábio: “Manda quem pode, obedece que tem juízo.” Pois, é. Esta ideia se aplica a isso.
    Em terceiro lugar, o pensamento de Nietzsche foi manipulado e usado para associá-lo ao nazismo. A sua irmã, Elizabeth Vöster-Nietzsche, ao aliar-se ao nazismo se aproprio dos escritos do seu irmão para alcançar prestigio diante do partido nazista. Acrdeitar que Nietzche escreveu tudo isso pensando no nazismo e na futura morte dos judeus é no mínimo um absurdo. Nietzche não escreve para mentes desequilibradas, Fábio. Ele escreve para “espíritos livres.”
    Em terceiro lugar, Nietzche não substitui Cristo pelo “super-homem”. A palavra super-homem é uma tradução equivocada. De origem almeã, Übermensch, significa o “além do homem”. Não pode ser um super-homem. Sendo um super e, também, homem ele continuaria sendo um homem em um estágio mais elevado. É algo além do homem. Este além do homem reinventa a si mesmo. Não vive mergulhado em conceitos morais enraizados como atributos fidedignos de verdade. Ele está disposto a criar, inventar, mudar, ou seja, ser ele mesmo. Este homem está disposto a agir e ver nas suas escolhas algo próprio de sua constituição humana. Não atribuindo isso ou aquilo a Deus o a quem quer que seja. É o indivíduo responsável por seus atos. Nietzsche não é esse além do homem e nem aponta que seja, apenas falar dá possibilidade do homem em meio a sua superação.
    1. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Humano, Demasiadamente Humano.São Paulo:Editora Escala, 2006. pg. 106.
    2. Ibidem, pg. 105.
    3. Ibidem, pg. 117.
    Termino, por aqui, meu amigo. Gosto de pessoas,assim, como você. Esse tipo de discussão é saudável. Estamos, aqui, pra isso. Um abraço, Fábio. Até...

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  13. Oi, Maxwell.

    Creio que todos iremos de certa forma concordar com algum aforisma de Nietzsche e discordar de outro; a obra parece feita para isso.

    Acho que os cristãos podem não concordar, mas tirar correções --no sentido de que a crítica saudavelmente nos corrige --em relação ao Evangelho e ao pensamento cristão como se apresenta hoje na televisão.

    Nem a tradição de pensamento a que pertence Nietzsche foi totalmente isenta em relação ao nazismo nem os nazistas também concordaram com essa ou aquela frase ou aforisma. No entanto, eu tenho no meu blog um artigo curioso, chamado "um artigo sobre Nietzsche" que traz justamente o debate sobre ele DURANTE o nazismo. Nietzsche não deixou de ser polêmico nem entre os filósofos que aderiram ao nazismo!

    Abs do Lúcio Jr

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  14. Olá, Lúcio.

    Existe uma corrente tendenciosa em querer macular a filosofia deste filósofo. É verdade que as ideias contidas em seus textos possibilitam perspectivas das mais diversas. No entanto, querer associá-lo ao Nazismo é imprudente. Veja os textos bíblicos como, também, abrem leques de interpretações e nem por isso os cristão negam que Deus é o supremo criador.
    Um abraço...

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  15. Primeiramente,queria agradecer ao comentário em meu blog;esteja certo de que me empenharei para trazer,cada vez mais,pontos de vista novos,porém jamais objetivando à aceitação.Além disso,para minha grata surpresa,quero externar que seu blog também é uma iniciativa interessante.Carregado de conteúdo cultural abrangente,deu-me algumas ideias sobre futuras postagens envolvendo arte.E,por fim,fico muito feliz com essa postagem sobre Nietzche,afinal esse grande filósofo,dotado de pensamentos sóbrios e controversos ao usual em que vivemos,trouxe uma abordagem rica no tocante à existência e à liberdade humana.Infelizmente,a falta de leitura faz alguns se apegarem apenas aos pontos que ele discorda de temas considerados polêmicos para uma sociedade de pensamentos demasiadamente provincianos(leia-se inescrupulosos).Um abraço,e continue a acessar meu blog!

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  16. Maxwell,

    Vou me ater apenas à parte que se refere à vida de Cristo como "ato desprovido de dor". Ato desprovido de dor? Nada mais irônico. Ato desprovido de dor foi a vida de Nieztche, apenas um burguês empoleirado em universidades e que nada fez de prático para para melhorar a vida de ninguém.

    Eu estava me lembrando agora de um texto do Luís Fernando Veríssimo em que ele chegava à conclusão que os filmes de Bergman só poderiam ter sido feitos por um sueco, por alguém que já tinha a vida garantida do berço até à morte, jamais por um brasileiro tendo de lutar pela sobrevivência. E, no fundo, é verdade.

    Nietzche foi assim. Suas preocupações metafísicas são próprias de um intelectual com uma vida burguesa sossegada. Falar que a vida de Cristo foi despida de dor é típico de alguém que, na verdade, não passou por grandes mazelas (salvo aquela que o deixou alienado nos últimos dez anos de vida). Aliás, essa implicância toda do filósofo com o Cristianismo me parece ser fruto de um enorme complexo de Édipo, dado que seu pai era pastor. Ou seja, ele passou a vida toda tentando "matar o pai". Faltou a ele crescer.

    Hoje em dia é muito "cool" falar mal de religiões. Que tal então postar algo aqui sobre Agostinho ou Tomás de Aquino? O outro lado da moeda também é interessante.

    Abraço e até próxima, amigo!

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  17. Olá, Luis. Fico feliz que tenha gostado deste nosso espaço. Estaremos,sim, juntos compartilhando ideias. Um abraço...

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  18. Olá, Fábio.

    "Não sou, por exemplo, nenhum bicho-papão,
    nenhum monstro moral - sou até mesmo uma
    natureza oposta à espécie de homem que até
    agora se venerou como virtuosa."
    (Nietzsche, Ecce Homo)

    A história do homem é marcada por hipocrisia, medo, culpa, mentira, servidão e mediocridade. Essa espécie de homem era a qual Nietzsche se refere. O Além do homem - Übermensch - que o filósofo não vê em seus contemporâneos e que, portanto, os ataca com veemência. A associação da metafísica, do platonismo, do mundo das ideias e de toda essa essencialidade dos Antigos; possui, também, sua marca profunda na cristandade. Principalmente em Agostinho que cristianizou o pensamento de Platão. Essa construção histórica da moral que começou desde Sócrates até os nossos dias, tem no Cristianismo o seu foco e permanência. O cultivo da ascese levada até as suas últimas conseqüências faz com que o homem, Fábio, viva o futuro e em contrapartida anule o seu presente. Viver o seu presente é aceitar a sua condição humana. Viver a vida sempre em função do amanhã é viver uma vida desprovida de dor. Ora, se as minhas escolhas já estão preestabelecidas por uma força maior, não haverá com o que escolher, logo, não haverá angústia. Por conseguinte, não haverá dor. A angústia é uma marca da existência segundo o filósofo-teólogo e, também, filho de pastor luterano; o dinamarquês - Soren Kierkegaard. A existência para Kierkegaard é marcada pelas escolhas. É nisso que Nietzsche, também, se apóia. A moral ascética dos gregos que encontrou terreno fértil no Cristianismo desencadeou todo um processo de total aniquilação ou, pelo menos, tentativa de mortificação da carne pelo espírito em uma negação e esfacelamento do meu próprio ser homem. A paixão que é algo tão própria do indivíduo lhe foi castrada, reprimida e censurada. A ela foi lhe atribuída a ideia de mau e pecado. Esse instituto natural é que nos faz verdadeiramente humanos. “O homem, diz Nietzsche, não é igualmente moral a todas as horas, isso é sabido: se se avaliar sua moralidade segundo sua capacidade de desapego, de renúncia a si mesmo que levam ao grande sacrifício (o qual, persistente e transformado em hábito, se chama santidade), então é na paixão que ele é mais moral; a emoção mais intensa lhe confere móveis totalmente novos, de que ele, estando sóbrio e frio habitualmente, talvez nem sequer se julgasse capaz.” [1] Muitos dos cristão (evangélicos, católicos e afins) pensam que são blindados contra tudo nesta vida, esquecem que são humanos de carne e osso. Estes vivem se martirizando quando cometem o mínimo deslize possível. Fazem de Deus um Ser Vingador. Outra característica e não tão menos nociva é a ideia de que vivendo nesta abstração tão extrema já pensam ter alcançado o céu. Viver assim, meu amigo Fábio, é viver desprovido de dor. Não há conflito, não com que lutar. A respeito de Agostinho, nutro por ele uma atenção especial. A sua obra, As Confissões, e a passagem em que ele fala sobre a origem do mal é, simplesmente, fantástico. Quero deixar claro, aqui, Fábio que não tenho nada contra o Cristianismo. Não gosto é a maneira como as coisas ao longo dos séculos tomaram proporções tão absurdas quando tentaram interpretar as Escrituras condicionando-a a seu próprio bel prazer. No mais foi um prazer. Até a próxima calorosa conversa. Um abraço...
    1. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Humano, Demasiadamente Humano.São Paulo:Editora Escala, 2006. pg. 115.
    Veja, também: KIERKEGAARD – O FILÓSOFO DO AMOR (LEITURAS)

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  19. Oi, Maxwell :) Poxa, é lendo as opiniões de vocês acima que percebo que não sei nada sobre Nietzche. :x
    Mas pude entender um pouco sobre o ponto de vista de cada um.
    Sabe, eu não descarto a possibilidade de tentar ler uma das obras dele apenas por curiosidade e conteúdo informativo, já que eu tenho qse certeza que não vou compreender a essência do pensamento filosófico que vai muito além do literal. Inclusive, uma das minhas maiores dificuldades de compreensão é a filosofia, que muitas vezes tem uma interpretação sutil.
    O bom de visitar seu blog é que ele passa conhecimentos bem distintos e eu sempre acabo saindo daqui sabendo um pouco mais que antes sobre algum assunto.
    Vou colocar o link da tua pág no meu blog. Assim, fico mais atenta nas postagens.


    Bjs ;)

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  20. Maxwell,

    Em nenhum momento entendi que tenha alguma implicância com o Cristianismo. Entendo o que você quer dizer e, mesmo que você fosse um anti-cristão eu teria de respeitar isso. Vivemos em uma nação democrática em que liberdade de pensamento, consciência e crença está entre os seus fundamentos.

    Apenas discordo do pensamento de Nietzche em suas bases. Em nenhum momento o Cristianismo nega que a vida é feita de escolhas. Pelo contrário, o livre-arbítrio é um dos fundamentos do Cristianismo. E, falando por mim, jamais acreditei em Deus como um vingador e em nenhum momento as Escrituras dizem isso. Pelo contrário, Deus é perdão.

    De qualquer forma, poderíamos debater durante dias. Na realidade, muito do que foi falado aqui é material até para teses acadêmicas.

    Um abraço e até o próximo post!

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  21. Oi, Ana.
    O pensamento Nietzsche não é de todo complexo. É verdade que há sutilezas que se faz necessário um prévio conhecimento de algos um conceitos. Mas, nada que atrapalhe. Um bom livro de Introdução à Filosofia vai ajudá-la. No mais um abraço e até a próxima.
    ***********************************
    Olá, Fábio.

    A questão da liberdade no campo da filosofia e da teologia, Fábio, não é tão simples quanto parece. Ambiguidades, dicotomias, antagonismo e paradoxos perpassam pelo conceito de liberdade. O livre-arbítrio não é um conceito que se finda em sim mesmo. Agostinho diz que temos a liberdade para fazer o mal, mas não para fazer o bem. Sendo a natureza do homem má, essa própria natureza não possui forças em si para agir de maneira virtuosa caso a Graça não o envolva. Essa liberdade que se restringe a A e não B é uma pseudo liberdade. Muito embora, seja a liberdade um dos fundamentos do Cristianismo, e nisso eu concordo com você, é uma liberdade fragmentada que se perde em seus próprios paradoxos. Essa liberdade fundamentada na moral judaíco-cristã reprime a autonomia do próprio homem. No mais valeu, Fábio. Que venha outras discussões. Um abraço...

    5 de novembro de 2011 11:45

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  22. Conheci um pouco da trajetória de Nietzsche a partir do filme "Dias de Nietzsche em Turim" de Julio Bressane. Uma mente brilhante e como quase todas as mentes brilhantes acaba perdendo a razão. www.gilbertocarlos-cinema.blogspot.com

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  23. Realmente, Gilberto, Nietzsche é uma mente brilhante.Um abraço...

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