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terça-feira, 18 de outubro de 2011

As Duas Torres - Um filme de Peter Jackson


A jornada continua...
"Ainda há esperança."
Arwen

segundo filme da trilogia do Senhor dos Aneis do diretor Peter Jackson, As duas Torres (The Two Towers, 2002), começa com a luta épica entre Gandalf  e Balrong de Morguth. A jornada continua com Legolas, Gimli e Aragorn em busca dos hobitts, Pippin e Merry, sequestrados pelos uruk-hais, orcs a serviço de Saruman. No caminho, Aragorn e os demais participantes da Comitiva do Anel, encontram Éomer, filho de Eomund e sobrinho do rei de Rohan, Théoden. Éomer acabava de ser banido injustamente sob pena de morte arquitetado pelo inescrupuloso Grima, conselheiro do rei Théoden e fiel as ordens de Saruman. Grima atuava como um mediador para o cumprimento dos intentos do mago. Théoden se encontrava  sob um poder mágico, que o mago Saruman havia lançado sobre ele, e que aos  poucos estava morrendo. O objetivo do mago era enfraquecê-lo e, em seguida, tornar o seu reino vulnerável ao seu 
poder. Saruman se aliou ao poder de Sauron e, logo, construiu um exército de orcs para avançar contra o reino de Rohan. "O velho mundo, diz o mago, sucumbirá ao poder da indústria. As florestas serão destruídas. Uma nova ordem surgirá." O mal está preparado para o confronto. E a esperança mais uma vez estava posta nas mãos do portador do Anel, Frodo Bolseiro, o hobbit do Condado. Além de Sam, outro personagem decisivo para o desenrolar da história aparece: Gollum que teve sua natureza física e espiritual deformada por causa do Poder do Anel. Gollum era um hobbit e o seu nome verdadeiro era Sméagol. Ele, também, buscava pelo o Um Anel e, logo, na primeira tentativa de roubá-lo de Frodo, Sméagol foi preso e mantido refém até que ele os levassem como guia a Mordor e na Montanha da Perdição destruir o Um Anel, lugar onde foi forjado por Sauron. A figura de Sméagol, aqui, é dual, ou seja, sua natureza reproduz o lado bom e ruim. Essa ambivalência de Gollum é uma constante em todo longa-metragem. Tolkien, o criador do Senhor dos Aneis, parece nos conduzir ao lado sórdido e ameno de nossa própria natureza humana em meio as escolhas e valores quando elege Sméagol para representar essa ideia. Peter Jackson, mais uma vez, brilhantemente sob como aprimorar em imagens essa figura paradoxal que é o próprio Gollum. Ora tétrica ora singela. E em meio a tudo isso, a ideia de misericórdia e amor ao próximo continua presente neste longa. Há uma passagem que exemplifica e agrega tudo isso, em relação ao coração de Frodo e de seu fiel amigo Sam, para com Sméagol. Enquanto Sam sempre foi cético a respeito de Gollum, Frodo Bolseiro, ao contrário, desenvolve atitudes de benevolência e misericórdia para com ele. Pois, tão certo de que há algo de bom em Sméagol, Frodo diz: "Quero ajudá-lo Sam (...) Porque tenho de acreditar que ele pode voltar ao que era." O filme traz a tona, também, uma bela discussão a respeito da preservação do meio ambiente. As Barbárvores, pastores das florestas, eram protetoras e guardiãs da Natureza e com o avanço desenfreado do poder da Saruman, todo ecossistema estava correndo perigo de extinção. Pippin e Merry, os dois hobbitis do Condado, o conheceu após escaparem dos domínios dos uruk-hais em meio ao ataque surpresa dos Cavaleiros de Rohan liderados por Éomer. A passagem que mostra o 
diálogo entre os hobbits e a Barbárvore é um dos momentos de grande sensibilidade do filme, a Natureza na voz representativa do Ent, o pastor de árvores,  revela a sua dor em ver a Vida sendo consumida de maneira brutal e doentia. É assim que ela se dirige a Merry revelando todo o seu sentimento de angústia e incerteza : "Eu não estou do lado de ninguém porque ninguém está do meu lado. (...) Ninguém mais se preocupa com as florestas." O filme é todo carregado de emoções que aumentam gradativamente a cada cena. As passagens cujo conteúdo abordam aspectos de caráter psicológicos dos seus personagens é indubitavelmente perfeitas como o caso de Faramir, irmão de Boromir, que por pouco não roubou o Anel de Frodo e, em seguida, sacrificou a sua própria vida para que a missão do Portador do Anel não fosse frustada. Portanto, envoltos em uma áurea de graça e coragem, a Comitiva do Anel continua, agora, mais forte do que nunca. E Gandalf, em especial.  após ter vencido o confronto direto com Balrong de Morguth alcança o mais
alto grau de poder. O Cinzento não existe mais, agora é O Branco - Gandalf, O Branco. E como no final do primeiro filme, A Sociedade do Anel, neste segundo, Sam nunca desiste do seu do amigo Frodo, ajudando-o a carregar o pesado fardo que leva consigo, enchendo-o de esperança nesta tão dura e escarpada caminhada quando diz: "Como podia o mundo voltar a ser o que era depois de tanto mal. Mas, no fim, é só uma coisa passageira essa sombra. Até a escuridão tem de passar. Um novo dia virá. E, quando o sol brilhar, brilhará ainda mais forte. (...) No bem que existe neste mundo, Sr. Frodo pelo qual vale a pena lutar." É isso que faz a Comitiva. É isso que devemos fazer. Lutar pelo que vale a pena, sempre, sempre, sempre... Até breve e tenha um bom filme.

As duas Torres (2002) - Trailer Oficial

14 comentários:

  1. Na minha opinião, o melhor filme da trilogia, aonde são delineada as alianças e os personagens ganham reais cotornos. Gosto muito da atuação de Viggo Mortensen nesse, monstruosa, digna do Rei q seria. Os 3 filmes são maravilhosos, mas me divirto muito nesse, as cenas das batalhas são tensas e divertidas na medida. A disputa entre Gimli e Legolas é um dos pontos altos do filme. Deu até vontade de rever. Abração!

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  2. A trilogia dos Anéis segue em uma crescente. Temos o ótimo "A Sociedade do Anel" para depois seguirmos com o ainda melhor "As Duas Torres" até chegarmos na obra-prima "O Retorno do Rei". Aguardo a resenga sobre este último! Abraço!

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  3. Excelente resenha!!
    Pra mim essa história (a trilogia) representa muito de Jesus, pois cada um dos personagens principais demonstra uma das muitas características dele.
    Uma vez tentei traçar esse paralelo, mas é um trabalho que exige uma certa dedicação.
    Também estou no aguardo da última resenha, abraço!!

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  4. Bom não entendo muito de filmes, se fosse aqui dizer que amei, estaria mentindo.
    Mas o livro fiquei curiosa para ler, estou no aguardo. Uma amiga ficou de emprestá-lo a mim.

    Mas a narrativa que aqui li, me deixou impressionada.
    Muito bom.

    Beijinho.
    Fernanda

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  5. É realmente, Celo, um excelente filme. No entanto, gosto mais do primeiro - A sociedade do Anel.
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    Já está pra sair do forno, Fábio.
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    Ah, sim, minha amiga, Karla. Concordo com você. Já pensei fazer esse paralelo com as Escrituras. Um abraço...
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    Pode lê-lo, Fernanda, você vai gostar. Fico feliz em saber que a postagem tem motivado você. Até...

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  6. Lindo, lindo, lindo...muito bom, rever,como o
    rico complemento se sua narração. Interssante, as Barbávores, a preocupação com a natureza de que
    falei há dias, usando a poesia e imagens diversas, do meio ambiente natura.
    Agradeço, essa bela forma de partilhar a Beleza...
    Vim lhe dizer, também, Maxwelll, que "permito" você admirar aquele que me deu a vida, ao unir-se à minha mãe. Ele é era muito doce...só poderia colher doçura!!!
    Um beijinho, doce,
    da Lúcia

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  7. Ainda não tive a oportunidade de ler os livros, assim que tiver tempo lerei. É o tipo de livro que é necessário se dedicar. Aliás, é um dos livros favoritos do meu namorado. Acho encantador, me agrada muito literatura desse tipo. Volte sempre! Beijos!

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  8. Eu pensei que As Duas Torres seriam o ponto alto do filme como realmente foi, mas creio que o Retorno do Rei seja mais emocionante nos trazendo esperança daquilo que possamos ter perdido em algum lugar de nossa vida passageira e que um recomeço é sempre possível.
    Esse filme é bom demais, fala de esperança, amizade, fidelidade, coragem, mudanças, preservação.
    Maxwell, creio que vou ver pela 12ª vez este filme. Lendo seus comentários só me dão água na boca. Já estou com saudades da Sociedade do Anel.
    Abração cara.

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  9. Obrigado mais uma vez, Lúcia. Realmente as Barbárvores é um dos pontos alto deste filme. Gosto a maneira como Tolkien aborda a questão da Natureza.
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    A respeito da obra, Juliana, concordo com você. É necessário dedicação. Mais todo esforço é válido para ler Tolkien.
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    Gosto muito do primeiro, A Sociedade do Anel, meu caro, Miranda. Outra coisa: ver estes filme nunca é demais. Valeu...
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    Obrigado, Ricardo Leitner.

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  10. Ol! Antes quero te agradescer pela visita comentários carinhosos em meu blog.Agora,verdadeiramente só posso te dizer que foi um belo presente, vim aqui e encontrar tão bela descrição de um dos filmens mais admiro e amo.Sim amigo, o filme todo e cheio de emoção, belas imágens e preciosos ensinamentos. Já vou te seguir e continuar lendo todo o resto que estou adorando... Muita Luz!
    Ana

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  11. Perfeito, Maxwell,como sempre. Revi o filme em sua resenha.
    Tem direito a pedir resenha, sinopse? Se a resposta for afirmativa, por favor, faça a de "Um Conto Chinês". Já assistiu?
    Um abraço.:)

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  12. Olá Maxwell,
    Uma resenha maravilhosa! Um verdadeiro chamamento ao filme.
    Abraço.

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  13. Muito obrigado, Ana Coeli, por sua enorme gentileza.
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    Nunca vi este filme - "Um Conto Chinês - Lau. Fico feliz em saber que as postagens, aqui, são bem filtradas por você. As minhas postagens, geralmente, segue uma linha. Tudo depende, também, do meu estado de espírito. Ás vezes determinados filmes aparentemente banais falam mais alto do que tais conceituados pela crítica. Sou um pouco de fase, entende? (Risos). Tenho uma lista de filmes que, ainda, estão por vir. Gosto de obedecer a fila. Um abraço...
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    Valeu, Vera. É sempre bom vê-la por estas bandas.

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