Platão nasceu em Atenas no ano de 427 e morreu, na plenitude de sua vida intelectual, em 347. Pertencia a uma família nobre e antiga, cujas origens supostamente remontavam a Codro e Sólon. Seu nascimento e sua vocação pessoal chamavam-no para a política, mas a atração por Sócrates o levou a se dedicar à filosofia. Depois de duas tentativas de intervenção na vida pública ateniense, a morte de Sócrates o afastou totalmente dela; restou-lhe apenas o interesse pelos temas políticos, o que fez com que atribuísse um lugar tão central em seu sistema á teoria do Estado ou tentasse por várias vezes, embora com graves riscos, que seu discípulo Díon, cunhado do tirano Dionísio de Siracusa, realizasse, durante o reinado deste e o de seu sobrinho Dionísio, o jovem, o ideal do Estado platônico. Esse projetos se frustaram, e a atividade de Platão se restringiu à sua genial meditação filosófica, a seu grande trabalho de escritor e ao ensino vivo na escola de filosofia que fundou, por volta de 387, numa propriedade com bosques, próxima do Cefiso, no caminho de Elêusis, dedicada ao herói Academo, e que por isso se chamou Academia. Esta escola perdurou, ainda que com profundas alterações, ate o ano 529 de nossa era, quando o imperador Justiniano mandou fechá-la. Ali Platão exerceu seu magistério até a morte, em estreita e profunda colaboração com seu principal discípulo, Aristóteles.
Extraído do livro: MARÍAS, Julián. História da Filosofia. São Paulo, Martins Fontes, 2004. pg.47.
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