Rumo à Felicidade (Till glädje, 1950), do diretor sueco Ingmar Bergman, trás em seu elenco principal: Stig Olin no papel de Stig Eriksson, Maj-Britt Nilsson como Marta Olsson e, por último, Victor Sjöström no papel do maestro Sönderby. O filme conta história Stig e Marta, dois musicistas, que ao se conhecerem passam a compartilhar juntos sentimentos de amor e paixão. Marta que já foi casada alimenta a esperança de viver um grande amor. Stig, por sua vez, vê em Marta a possibilidade de juntos realizarem este sonho. A sós, na praia, ela revela a Stig todo o seu medo, carência, frustração e dor de quem amou e nunca foi amada, dizendo: "Queria me enterrar bem fundo para não ser atingida por nada. (...) Algumas pessoas têm uma apa-
rência de felicidade. (...) Há tanta infelicidade, preguiça e indiferença no corpo e na mente. No fim, não se acredita em nada. E pensa que é assim. Esse é todo o sentido. (...) Se não houver, se inventa um. Do outro modo não dá para viver. (...) O que há entre nós não pode ser mais falso. Ou é ou não é". Unidos, agora, muito mais pelo amor do que pela paixão partem para oficializar o casamento. Não demorou muito para que os filhos viessem e, também, os problemas econômicos e emocionais. As dificuldades e más atuações de Stig na orquestra serviram para aumentar mais a angústia. As discussões se tornam mais frequentes e a frieza entre o casal se instaura. Neste ínterim, Stig recebe um convite para ir a casa de um amigo, Sr. Mikael Bror (John Ekman), e, logo, passa a se envolver, amorosamente, com a sua jovem e bela esposa, Nelly Bror
(Margit Carlqvist). Com o casamento à beira da falência, Marta exige explicações de Stig a respeito de sua indiferença e, conseqüentemente, de seu envolvimento com Nelly. Irritado com as observações contudentes de Marta, ele a agredi não só em palavras mas, também, fisicamente. A relação fica insustentável e a separação é inevitável. E é no silêncio que Stig passa a refletir a respeito de suas escolhas e, logo, vê que Marta é a melhor delas. Desesperado parte ao seu encontro na tentativa de reavivar a antiga chama do amor. O filme, Rumo à Felicidade, é um dos mais belos, românticos e singelos de Bergman. Com um forte toque de doçura o diretor procura ressaltar a importância da conservação do amor em meios as relações e de como este amor não pode, jamais, estar dissociado da felicidade. É como diz o maestro Sönderby em um dos discursos: "Violoncelos e baixos devem soar como labaredas! É uma questão de felicidade, entendem. Não a felicidade expressa no sorrir ou a felicidade que diz: "Eu sou feliz". Falo de uma felicidade tão grande, tão especial que está além dor e do desespero ilimitado. É uma felicidade além de toda a compreensão". A música Clássica é outro aperitivo em todo o filme. Destaque, em especial, para a 9º Sinfonia de Beethoven que abre e termina o filme. Espero que gostem. Tenham todos um excelente filme. E até mais vê, então...
Veja, também:
Ingmar Bergman (1918-2007)
Crise (1946)
Porto (1948)
Sede de Paixões (1949)
Juventude (1951)
Noites de Circo (1953)
Monika e o Desejo (1953)
Sorrisos de uma Noite de Amor (1955)
O Sétimo Selo (1956)
Morangos Silvestres (1957)
A Fonte da Donzela (1959)
O Olho do Diabo (1960)
Através de Um Espelho (1961)
Luz de Inverno (1962)
O Silêncio (1963)
Persona (1966)
A Hora do Lobo (1968)Vergonha (1968)
rência de felicidade. (...) Há tanta infelicidade, preguiça e indiferença no corpo e na mente. No fim, não se acredita em nada. E pensa que é assim. Esse é todo o sentido. (...) Se não houver, se inventa um. Do outro modo não dá para viver. (...) O que há entre nós não pode ser mais falso. Ou é ou não é". Unidos, agora, muito mais pelo amor do que pela paixão partem para oficializar o casamento. Não demorou muito para que os filhos viessem e, também, os problemas econômicos e emocionais. As dificuldades e más atuações de Stig na orquestra serviram para aumentar mais a angústia. As discussões se tornam mais frequentes e a frieza entre o casal se instaura. Neste ínterim, Stig recebe um convite para ir a casa de um amigo, Sr. Mikael Bror (John Ekman), e, logo, passa a se envolver, amorosamente, com a sua jovem e bela esposa, Nelly Bror
(Margit Carlqvist). Com o casamento à beira da falência, Marta exige explicações de Stig a respeito de sua indiferença e, conseqüentemente, de seu envolvimento com Nelly. Irritado com as observações contudentes de Marta, ele a agredi não só em palavras mas, também, fisicamente. A relação fica insustentável e a separação é inevitável. E é no silêncio que Stig passa a refletir a respeito de suas escolhas e, logo, vê que Marta é a melhor delas. Desesperado parte ao seu encontro na tentativa de reavivar a antiga chama do amor. O filme, Rumo à Felicidade, é um dos mais belos, românticos e singelos de Bergman. Com um forte toque de doçura o diretor procura ressaltar a importância da conservação do amor em meios as relações e de como este amor não pode, jamais, estar dissociado da felicidade. É como diz o maestro Sönderby em um dos discursos: "Violoncelos e baixos devem soar como labaredas! É uma questão de felicidade, entendem. Não a felicidade expressa no sorrir ou a felicidade que diz: "Eu sou feliz". Falo de uma felicidade tão grande, tão especial que está além dor e do desespero ilimitado. É uma felicidade além de toda a compreensão". A música Clássica é outro aperitivo em todo o filme. Destaque, em especial, para a 9º Sinfonia de Beethoven que abre e termina o filme. Espero que gostem. Tenham todos um excelente filme. E até mais vê, então...
Veja, também:
Ingmar Bergman (1918-2007)
Crise (1946)
Porto (1948)
Sede de Paixões (1949)
Juventude (1951)
Noites de Circo (1953)
Monika e o Desejo (1953)
Sorrisos de uma Noite de Amor (1955)
O Sétimo Selo (1956)
Morangos Silvestres (1957)
A Fonte da Donzela (1959)
O Olho do Diabo (1960)
Através de Um Espelho (1961)
Luz de Inverno (1962)
O Silêncio (1963)
Persona (1966)
A Hora do Lobo (1968)Vergonha (1968)
Rumo à Felicidade (1950)
9º Sinfonia de Beethoven
- (Barítono)
- Oh amigos, mudemos de tom!
- Entoemos algo mais agradável
- E cheio de alegria!
- (Barítonos, quarteto e coro)
- Alegria, mais belo fulgor divino,
- Filha de Elíseo,
- Ébrios de fogo entramos
- Em teu santuário celeste!
- Teus encantos unem novamente
- O que o rigor da moda separou.
- Todos os homens se irmanam
- Onde pairar teu vôo suave.
- A quem a boa sorte tenha favorecido
- De ser amigo de um amigo,
- Quem já conquistou uma doce companheira
- Rejubile-se conosco!
- Sim, também aquele que apenas uma alma,
- possa chamar de sua sobre a Terra.
- Mas quem nunca o tenha podido
- Livre de seu pranto esta Aliança!
- Alegria bebem todos os seres
- No seio da Natureza:
- Todos os bons, todos os maus,
- Seguem seu rastro de rosas.
- Ela nos dá beijos e as vinhas
- Um amigo provado até a morte;
- A volúpia foi concedida ao verme
- E o Querubim está diante de Deus!
- (Tenor solo e coro)
- Alegres, como voam seus sóis
- Através da esplêndida abóboda celeste
- Sigam irmãos sua rota
- Gozosos como o herói para a vitória.
- (Coro)
- Abracem-se milhões de seres!
- Enviem este beijo para todo o mundo!
- Irmãos! Sobre a abóboda estrelada
- Deve morar o Pai Amado.
- Vos prosternais, Multidões?
- Mundo, pressentes ao Criador?
- Buscais além da abóboda estrelada!
- Sobre as estrelas Ele deve morar.
Grande Maxwell,
ResponderExcluirParabéns por mais esse post completo sobre essa obra de Ingmar Bergman. Preciso urgente providenciar esses filmes que esta indicando aqui em sua página. Adoro filmes que utilizam como trilha sonora músicas clássicas, e essa sinfonia de Beethoven é "a música"...
Grande Abraço
Amo Ingmar, amo a sinfonia, amei o post. Obrigada pela delícia de leitura. Beijo Camila napalmadaminhamao.blogspot.com
ResponderExcluir"Felicidade além da dor, além de toda a compreensão..." Uma profunda reflexão sobre o amor, a vida , temos sempre que reavivar a chama. Adoro a nona sinfonia e Beethoven.Adorei também a música que postou,linda!
ResponderExcluirUm lindo fim de semana amigo! muita Luz! bjs
Ana
Olá, Jefferson. É sempre um prazer vê-lo por estas bandas, amigo. A relação dele com a música é fantástica. Bergman era,também, um amante da boa música. Um abraço... *******************************
ResponderExcluirObrigado, Camila. Suas palavras são gentis. Um abraço... *******************************
Oi, Ana. É na verdade uma bela reflexão sobre o amor, vida e muito mais. Um bom fim semana pra você, Ana. Até...
Atenção: Estou com um sério problema em meu blogger. Não estou conseguindo comentar nos bloggers dos amigos que sigo. Tento e nada. Caso alguns de vocês saibam como proceder, por favor, deixa,aqui, uma dica. Será de grande valia. Um abraço...
Oh amigo, sinto não poder te ajudar, não entendo o que acontece, espero que consigas logo ajuda, pois seu comentário é especial e muito importante para mim. olha, não sei os outros, mas o que postou agora há pouco não consegui acessar, não aparece nada. bjs
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