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sábado, 6 de dezembro de 2014

Batman e Filho - Grant Morrison & Andy Kubert

Este volume reúne as edições
do Batman 665 a 658, e 663 a
666 em 204 páginas de quadrinhos
.
Com roteiro de Grant Morrison e arte de Andy Kubert, Batman e Filho (Batman and Son, 2006), esta Graphic Novels está divido em 4 capítulos, que compõe o arco principal, a saber: Melhorando o batmóvel, Morcegos em Londres, Meninos-prodígios e, por último, pais ausentes. A publicação da Panini Brasil trás além do arco principal, também, um interlúdio, O palhaço à meia-noite, e mais três históricas que fecha o encadernado. São eles: Os três fantasmas de Batman, Casos inexplicáveis e Belém. Imagine só, caro leitor, em uma fase já madura de sua vida chega uma notícia de forma abrupta que você, agora, é "Papai". Sim! É isso mesmo que você está lendo. Aconteceu com o Batman, ou melhor, Papai Batman! Está ideia retomada anos depois pelo próprio Morrison, já havia sido assunto de uma Graphic
Novels, Batman: o filho do demônio (1987), escrita por Mike W. Barr e arte de Jerry Bingham. Nesta Hq o Homem-Morcego se relaciona amorosamente com Talia, filha do gênio criminoso Ra's Al Ghul, a qual lhe concebe um filho (Damian Wayne). Está hq começa de forma eletrizante: quando o Comissário Gordon é envenenado pelo próprio Coringa e arremessado do último andar do DPGC (Departamento de Polícia de Gotha City). Batman neste momento sofre, também, com a brutalidade e insanidade do Coringa. O Morcegão é surrado com um pé de cabra enquanto crianças estavam presas e suspensas por um cabo de aço pelo Coringa-Cóptero. Morrison está a todo, instante, retomando a elementos passados da cronologia do Batman. A exemplo disso é Coringa-Cóptero elemento da A era de Prata. Apesar da história começar logo com a presença louca do Coringa, ele não é o foco principal de maldade a ser explorada. Na verdade quem você nunca espera é que se revela um poço de maldade: Talia, ex-namorada de Batman e mãe de Damian Wayne, arquiteta um plano ousado: sequestrar a mulher do primeiro ministro da Grã Bretanha e destruir a todos, munida de um exército de Homens-Morcegos, caso ele não ceda a base militar de Gibraltar. Batman, por sua vez, fica sabendo da exata localização de Talia através de Damian que, agora, ficou sob seus cuidados e, portanto, a difícil tarefa de reeducar um adolescente que desde criança foi ensinado a matar por intermédio da Liga dos Assassinos idealizado por seu avô - Ra's Al Ghul. Com domínio das informações eles partem antes que um mal maior aconteça. Ao deter o avanço das intenções arbitrárias de Talia, Batman tenta convencê-la a mudar de atitude. Indiferente a qualquer possibilidade de mudança e disposta a continuar na sua obsessão pelo poder ela lança uma contraposta: "[...] juntos poderemos criar nosso filho para ser o Senhor da Terra. [...] prometo que nunca mais ameaçarei a civilização. Nós fundaremos uma dinastia que dominará o planeta por milhares de anos". Em meio a toda essa turbulência Batman percebe quão insana é Talia. Não podendo mais o que fazer, e antes que o torpedo da marinha britânica alcance o submarino em que estavam, Batman presa por sua vida e escalpa poucos instantes do impacto. Este primeira parte do encadernado (1-4) fecha o arco que compõe o início da trama e reaparição de Damian. Esta é uma Hq repleta de elementos de arte pop e referência a cronologia do Batman. O que se percebe, na verdade, aqui é como ocorre esse primeiro encontro (Pai e filho) e as discussões provenientes de uma relação deste nível. A tentativa de moldar o pequeno assassino condicionando suas ações para outra perspectiva é um dos eixos importantíssimos desta história. Fica, então, aqui
Estes quadros mostram a tentativa
de assassinato de Damian contra
Tim Drake (Robin).
as palavras que Batman se dirige ao seu filho: "Nós não matamos. Nossa maneira é mais forte e mais disciplinada do que a dos assassinos." O ponto negativo nesta história e maneira, MUITO, complacente como o Batman, de Morrisson, tratou o caso de Damian: ele quase leva a óbito o atual Robin (Tim Drake) na ânsia de assumir o seu posto que ele julga ser dele por direito. O que, a princípio, se viu, apenas, foi uns gritos e muita poeira da parte do Batman quando sob do fato. Afinal, o Batman não estava tratando, somente, com um simples adolescente emburrado, senão com um hábil assassino. Leia e, portanto, tenha as suas próprias conclusões. Estas foram as minhas. Até a próxima.

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