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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Paulo Ghiraldeli Jr. - Nietzsche. Deus está morto.


Antes da leitura entenda-se, aqui, Deus e o Cristianismo como representação da Instituição Religiosa e não como ateísmo. Boa leitura.
Deus está morto. Nós o matamos!

O Problema Em que consiste a fé religiosa? É útil ou danosa?
A Tese Não o nascimento de Cristo, mas a morte de Deus é o grande evento da história da humanidade.  Nietzsche alude a um fato histórico preciso: a partir do Iluminismo, progressivamente se aprofundou a secularização da cultura européia; o homem tornou-se adulto e começou a viver sem mais necessidade de fábulas infantis. Certamente, a crise niilista dos valores tradicionalmente relacionados à religião deixou um vazio, um sentido de crise não facilmente solucionável; mas é indubitável que a necessidade de Deus já desapareceu da consciência do homem moderno. Deus está morto porque os homens o mataram. e essa é a premissa do resgate de uma época, de uma mutação do gênero humano que se concluíra com advento do Super-Homem. O Cristianismo, com efeito, era o que de mais pernicioso e pervertido os homens poderiam inventar. O que fez o Cristianismo senão defender tudo o que é nocivo ao homem? Envenenou o espírito humano, pregando a humildade contra o orgulho, a castidade contra o instinto, a compaixão e o amor contra o domínio e a força. A religião (toda religião) é um vício. O protagonista do diálogo imaginado por Nietzsche,  o homem louco, representa o próprio filósofo. Na verdade, não é absolutamente louco, mas é assim considerado pelos interlocutores pela extravagância de sua mensagem.
NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia - Das origens à idade moderna.São Paulo, Ed. Globo.2002. p. 414.
Para um melhor entendimento da frase - Deus está morto - veja o vídeo do professor de filosofia Paulo Ghiraldeli Jr.


4 comentários:

  1. Às vezes eu tenho a sensação de que ele colocou oo personagem como um louco para livrar-se das intolerâncias e não aceitação quea obra pudesse ter. A religião, por ser um tema muito suscetível de fundamentalismos e outros radicalismos ( muito menos que menos amor fraterno de verdade que ela prega), é bastante difícil de se falar abertamente o que se pensa sem ser apredrajado, caso não seja de acordo com cânones e verdades absolutas no meio social. Isso é uma divagação minha, Maxwell. um abração. Paz e bem.

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  2. E Nietzsche tá mais mortinho ainda, coitado.

    Abraço!

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  3. Maxwell, não acho essa leitura de Ghiraldelli recomendável. Recomendo a leitura dos trabalhos do meu colega Rogério Lopes mesmo.
    Outro livro que recomenda, pela discussão atual:


    Nietzsche: o rebelde aristocrata, biografia intelectual e balanço crítico. O livro é em parte uma peça de acusação e uma discussão e revisão da estratégia marxista de recepção e condenação de Nietzsche como porta-voz das elites e como nazi avant la lettre. A acusação se estende além disso ao que Losurdo chama de hermenêutica da inocência, um rótulo para designar o procedimento dos intérpretes que tentam inocentar Nietzsche de seus enunciados mais bombásticos no terreno da política: através do recurso a uma interpretação metafórica, mas também por meio da negligência programática destes enunciados e da insistência na tese de que a irmã de Nietzsche teria sido parciamente responsável por sua sistemática identificação com a ideologia anti-semita que alimentou o nazismo no momento de sua gestação.

    Como te disse, não que Nietzsche seja precursor do nazismo, mas sua tradição filosófica já está maculada por essa relação. Os nietzschianos precisam problematizar isso; eu creio que isso que Losurdo faz é explicá-lo: ele é um rebelde aristocrata, mesmo.

    Fiz uma análise de Quando Nietzsche Chorou no meu blog. Gostaria que vc a comentasse.

    E, se possível, comentemos Dias de Nietzsche em Turim (que tenho em DVD).


    Abs do Lúcio Jr!

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  4. Olá,Cacá. É sempre um prazer tê-lo por aqui. A respeito da religião, Cacá, ela sempre será de difícil acesso. Ela é obscura e, por isso, teme quem elucide suas desgraças. Um abraço.
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    Obrigado por sua participação, Fábio. Até a próxima.
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    Excelente comentário, Lúcio. Nietzsche na mãos de um desavisado poderá ser um enorme transtorno. A respeito de sua análise do filme, Quando Nietzsche Chorou, estarei conferindo com enorme prazer. Um abraço...

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