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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Sorrisos de Uma Noite de Amor - Um filme de Ingmar Bergman

                                                    "Eu amo você". Anne Egerman

Do diretor Ingmar Bergman o filme, Sorrisos de Uma Noite de Amor (Sommarnattes Leende, 1955) trás em seu elenco principal Ulla Jacobsson como Anne Egerman, Eva Dahlbeck como a bela Desirée Armfeldt, Harriet Andersson no papel de Petra, Margit Carlqvist interpretando Charlotte Malcolm e, por último, Gunnar Björnstrand no papel do advogado Fredrik Egerman. O filme, Sorrisos de Uma Noite de Amor, uma comédia romântica, conta a história de várias situações envolvendo grupos de pessoas em meios as suas aventuras amorosas, fantasias, brigas e alegrias. O filme começa quando Fredrik Egerman, homem bem sucedido e casado com a Srat. Anne Egerman, em seu escritório de advocacia, prepara-se para ir ao teatro, juntamente, com a sua esposa. Ao chegar em casa se depara com com a empregada, Petra, de apenas 18 anos, que demonstra uma certa inclinação amorosa por ele. Em sua residência estava, também, o seu filho, Henrik Egerman (Björn Bjelfvenstam), do 1º casamento, que vive uma paixão platônica por Anne Egerman a esposa de seu próprio pai. Henrik Egerman, estudante de teologia, vive na pele a luta entre os desejos e paixões da juventude. Legalista, luterano e fervoroso em suas observações doutrinárias, ele não consegue conter as suas paixões reprimidas por Petra, a empregada, e por sua jovem e virgem madrasta, Anne Egerman. Passado algum tempo, então, Sr.Egerman vai ao teatro, com a sua esposa, mesmo após ter vivido uma situação contrangedora, na noite anterior, quando sonhando com Desirée, uma atriz a qual ele teve uma caso por um período de 2 anos, balbucia seu nome enquanto beijava a sua mulher na cama. Já no teatro, ambos, observam a atuação de Desirée no palco interpretando uma Condessa cujos dotes e características revelam uma mulher poderosa na arte de amar e seduzir os homens. Em uma das suas falas no palco ela disse, interpretando a Condessa Celimène de Francen de la Tour de Casas: "Não se esqueça: o amor é um eterno jogo de malabarismo com três bolas. São elas: o coração, as palavras e os órgãos reprodutores. É tão fácil manter as três bolas no ar e também tão fácil deixar uma delas cair". E, logo, em seguida, após proferido estas e outras palavras a Srat. Anne Egerman resolve não mais esperar o fim do espetáculo. Ao retornar a sua casa, juntamente, com o seu marido, segue aos seus aposentos enquanto ele conversa com o seu filho que acabava de confessar seu envolvimento sexual com Petra. Enquanto isso, Anne, mergulha em seus desejos reprimidos por Henrik e com ciúmes percebe a sua inclinação pela jovem Petra sem nada pode fazer. Egerman, por sua vez, aproveita o momento enquanto ela dormia e vai ao encontro de Desirée que, logo, o convida para ir a sua casa. E é neste curto espaço de tempo que o amante de Desirée, o Conde Carl Magnus Malcolm (Jarl Kulle), chega e irritado com a presença de Egerman o expulsa. Agora o palco estava armado. Muito embora a mulher de ambos tentassem não admitir o envolvimentos de seus maridos com a bela Desirée, as verdades dos fatos não poderiam ser omitidas. E é em meio a essa áurea de fantasias e amores de predileções que a Srat. Desirée vai ao encontro de sua mãe, a Sra. Armfeldt (Naima Wifstrand), para que promova uma festa para ela e seus convidados, a saber: O Conde e a Condessa Malcom, O Sr. Egerman e esposa (Anne Egerman) e, por último o seu filho Henrik. No jantar as máscaras são descobertas e os desejos mais íntimos são sutilmente anunciados, as convenções morais se perdem, a religiosidade se torna um fardo e a exteriorização das paixões num interesses cíclico de um pelo outro se torna o que há de mais humano e, consequentemente, mais primitivo. O diretor, Ingmar Bergman, mais uma vez, revela a sua enorme sensibilidade para desvelar os meandros da psique humana. Em um filme repleto de tipos emocionais, afetivos e eróticos, Bergman faz desta comédia um marco em sua filmografia apontado para o poder de sedução que a mulher possui ao se apropriar de suas diversas facetas na arte de amar fazendo parecer que é o homem que a seduz. Tênue e com muita perspicácia, Sorrisos de Uma Noite de Amor, o filme, mergulhar no recônditos mas obscuros da alma feminina e de como as suas ações são objetivas quando o assunto é a arte de seduzir. Portanto, espero que gostem e até a nossa próxima postagem. Um abraço...


Veja, também:
Ingmar Bergman (1918-2007)
Crise (1946)
Porto (1948)
Sede de Paixões (1949)
Rumo à Felicidade (1950)
Juventude (1951)
Noites de Circo (1953)
Monika e o Desejo (1953)
O Sétimo Selo (1956)
Morangos Silvestres (1957)
A Fonte da Donzela (1959)
O Olho do Diabo (1960)
Através de Um Espelho (1961)
Luz de Inverno (1962)
O Silêncio (1963)Persona (1966)
A Hora do Lobo (1968)
Vergonha (1968)

Sorrisos de Uma Noite de Amor (1955)
 Trailer Oficial

7 comentários:

  1. Mergulho na psique humana...É bem isso amigo, como sempre, bela narração e despertando nosso interesse, especialmente para mim que não conhecia esta obra tão maravilhosa e rica. Só te agradeço, por tudo de bom que passas aqui.
    Belo fim de semana e muita Luz em sua vida,amigo!
    Bjs
    Ana

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  2. aqui em guarulhos pé t dificil encontrar certos titulos

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  3. Olá, Ana. Obrigado pelas palavras e feliz por sua visita. Um abraço...

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  4. Oi, Aquiles. Temos a mesma dificuldade, aqui, em João Pessoa. Nos viramos como dá, né. Um abraço...

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  5. Gostei muito de Sonhos de uma noite de amor de Woody Allen em que ele homenageia esse filme de Bergman, que infelizmente ainda não vi, mas se for tão bom quanto aquele, mal posso esperar. Abraços.

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  6. Acredita que eu encontrei este filme há pouco? Logo que você deu início a este especial do Bergman, fiz questão de anotar todos os filmes que ainda não assisti. Este eu acabei encontrando por acaso e agora, confesso que depois de ler a sua resenha, fiquei ainda mais interessada. Bergman tinha talento... e todos os seus filmes merecem nossa atenção.

    Parabéns por este trabalho!
    (Estou ansiosa pra ler o post do meu filme preferido HAHAHA)

    Abraços!

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  7. Olá, Gilberto. Woody Allen é, realmente, fã de Bergman. Dificilmente para que gosta de cinema não deixe de admirar esse grande diretor. Um abraço...
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    Oi, Rubi. Que legal, Rubi. Fico feliz em saber. E obrigado por sua palavras você sempre muito gentil, aqui. Um abraço...

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