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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Fúria de Titãs 1 - Um filme de Louis Leterrier



"Os Titãs eram poderosos
 mas seu reinado foi encerrado pelos seus
 próprios filhos: Zeus, Posseidon e Hades. Zeus convenceu 
seu irmão Hades a criar uma besta tão forte que pudesse derrotar seus pais
E assim, de sua própria carne, Hades fez nascer um horror indiscritível o Kraken".

Dirigo por Louis Leterrier o filme, Fúria de Titãs 1 (Clash of the Titans, 2010), trás em seu elenco principal: Liam Neeson no papel de Zeus, o mais poderoso dos deuses do Olímpo, Ralph Fiennes como Hades, o deus do submundo, Danny Huston como Posseidon, o deus dos mares, Alexa Davalos no papel de Andrômeda, a mais bela dentre as mortais, e por, último, Sam Worthington como Perseu, o semideus, filho de Zeus. O filme começa com o jovem Perseu, já crescido, sendo criado por uma família de pescadores. Seu pai adotivo, Spyros (Pete Postlethwaite), e sua mãe, Marmara (Elizabeht McGovern) são
vítimas da fúria de Hades no instante em que ele atacava os soldados de Argos  - que declararam guerra aos deuses ao derrubarem, como prova contreta de sua rebelião, a estátua gigatesca de Zeus - se volta, também, contra a embarcação que estava Perseu e seus pais os afundando e os levando à morte. A morte dos seus pais só aumentou a sua ira e o seu descrédito pelos deuses. Após passado a tormen-
ta, Perseu é resgatado por uma embarcação e levado como prisioneiro a cidade de  Argos até o encontro do Rei Gefeu (Vicent Regan) e da Rainha Cassiopeia (Polly Walker). Nas dependências do palácio a rainha Cassiopeia na presença de todos exalta a beleza de sua filha, a princesa Dânea (Tine Stapelfeldt), dizendo sê-la o rosto mais divino e a mais bela de toda a Grécia maior até do que a  própria Afrodite (Agyness Deyn), a deusa da beleza. No entanto, o ápice do seu discurso não foi o fato de exaltar a filha dentre as mais belas senão,  imprimir a ideia de que Os Olimpianos - os deuses -  deveriam invejá-la e aclamá-los como seres divinos e não mais mortais. Essa declaração pública de Cassiopeia, enobrecendo os homens mais dos que os deuses, foi a gota d'água para a manifestação da ira máxima de Hades
que, abruptamente, aparece e mata Cassiopeia pelo que os deuses consideram ser uma petulância e diz: "Em 10 dias, quando houver o eclipse do sol libertarei o Kraken. (...) A menos que sacrifiquem a princesa. (...) Escolha sua penitência Argos. Destruição ou sacrifício. Esta é a vontade de Zeus". E é neste contexto que surge Perseu na incubência de deter a ira de Hades e o ataque fumi-
nante do Kraken, uma máquina mortífira. O semideus, então, parte juntamente com um grupo valoroso de guerreiros para destruir o Kraken. Com seus homens ele chega ao Jardim da Estiga nas Montanhas Nord onde habita as três bruxas profetisas. Elas anunciam que para matar o Kraken só com a cabeça da Górgona,
ou melhor, da Medusa. Pois cada ser que olhar para ela se trasnformará em uma estátua de pedra. Com essa informação, ele segue a sua jornada atravessando, em seguida, o rio Estige até às margens do Mundo Inferior onde fica a prisão da Medusa. Após passarem o rio com a ajuda do barqueiro, Perseu e seus homens partem em busca de matá-la. A batalha é épica e só Perseu so-
brevive trazendo consigo o prêmio - a cabeça da Górgona. E como herói e realizador do pródigio ele chega em um cavalo alado, o Pégasus, afim de deter a morte da bela Dânea, a destruição da cidade de Argos cuminando, assim, com fim extraordinário do Kraken. É possível, é claro, que vocês percebam as muitas diferenças deste Fúria de Titãs com o Clássico Furias de Titas (Clash of the Titans, 1981) do diretor Desmond Davis e efeitos especiais de Ray Harryhausen. Muito embora as diferenças seja por demais evidentes no roteiro e nas cenas,  o que, a princípio, ficou foi a essência dos feitos de Perseu em um contexto, totalmente, mitológico. O que se vê, aqui, é um Perseu mais humano e autônomo. Um herói que nao quer ser herói e, portanto, nega a sua ascensão ao reino do deuses do Olimpo. A descrença no destino, a negação dos deuses e a atribuição do homem como um ser de transformação, que busca lutar pelas suas próprias forças, são características deste semideus que de maneira análoga nos reporta, também, o que comumente chamamos de Filosofia.  A Filosofia que se distancia do mito por meio de sua própria autonomia, liberdade e busca pela verdade vê em Perseu, aqui, como esse distanciamento do univeso mágico em que ele estava inserido e, assim, mostra de maneira sutil o que seria essa nova maneira de entendimento diante do real sem as força e influências divinas. Portanto, espero que tenham gostado. Um abraço a até a nossa próxima postagem...


 Fúria de Titãs 1 (2010) - Trailer Oficial

8 comentários:

  1. Apesar de ter crescido assistindo a versão antiga, também gosto dessa versão nova. Como vc ressaltou, esse Perseu é mais humano e talvez por isso crie uma proximidade maior com o público. Um grande aventura, sem dúvidas. Abração.

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  2. Oi, Maxwell :)
    Quanto a essa adaptação atual, eu tenho certeza que não assisti.
    Geralmente, eu prefiro a versão mais antiga dos filmes, mas não descarto a possibilidade de assistir produções mais modernas, cheias de efeitos especiais.

    Esse filme também tem um elenco e tanto, hein?

    Bjs ;)

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  3. Confesso que ainda não assisti essa produção; mas já li inúmeros comentários à respeito. Me parece ser extremamente bem produzida. Inclusive, me lembrei de assistir a versão mais antiga, que você também mencionou no texto. Eu particularmente gosto muito de filmes assim, e pela sua resenha, só me resta assistí-lo o quanto antes!

    Um abraço!

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  4. Gostei mais do segundo filme, porém também tem as mesmas caracteristicas desse: o elenco igual, efeitos bacanas e um trailer que é o máximo!
    Gostei de seu blog, muito bacana também! Parabéns.
    Aproveitando o ensejo, gostaria de convidá-lo para uma visita quando possível, e se gostar de meu trabalho, deixo aqui um convite para participação.
    Assim mais uma vez me despeço lhe dando parabéns por seu trabalho crítico e pelo layout bacana.

    marcelokeiser.blogspot.com.br

    abraço

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  5. Olá, Celo. É um prazer tê-lo, mais uma vez, aqui. Gosto muito, também, desta versão mais moderna. No entanto, acho de grande valia ver com cautela o Clássico. Perseu é uma das figuras mitológicas mais supreendentes.
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    Oi, Ana. É verdade. O elenco deste filme é fantástico. Vale a pena conferí-lo. Você irá gostar. Um abraço...
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    Oi, Rubi. Fico feliz que tenhas gostado. O filmé é, realmente, muito bom. E obrigado pelas getis palavras. Sua presença,aqui, só enobrece nosso espaço. Um abraço...
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    Oi, Marcelo. Antes de tudo, irmão, muito obrigado pelas palavras. Fico feliz que estejas gostado do blogger. Tento desenvolvê-lo com muito carinho. A respeito do filme é sem sombra de dúvida um bom programa para se vê. No mais um abraço...

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  6. Eu assisti recentemente as 2 versões (a dos anos 80 eu já tinha visto há muitos anos, é claro).
    Gostei das 2. Mas acho que essa aqui se preocupou muito em retratar os deuses como vilões. São poucas as cenas em que eles fazem algo legal pelos mortais. Já na versão dos anos 80, eles nem interferem muito na vida dos mortais (com exceção do próprio Perseu).

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  7. Oi, Leo. Desculpe-me discordá-lo. Mas os deuses não eram peças boas. Havia muito confronto entre eles, haja vista o grande conflito com os Titãs. Cronos, Urano e ate o próprio Apolo.Este deus da ordem era, também, um desordeiro. Os deuses tinham essas dicotomias que se aproxima muito de nós humanos. O filme explora isso muito bem. Claro que existe exageros. Mas, qual filme não há atire a primeiro rolo. No mais um abraço...

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  8. Ola, me fala de Partenon e do nascimento da Grecia ...

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