Imprudência das virgens
Palavras frívolas dos indecorosos
Ideal utópico dos românticos
Porta de escape para os
desesperados
Personificação do demônio
Escopo santo dos cristãos
Fé que luta pelo impossível
Crença dos desbravadores
Vida mais miserável
Existência mais apaixonada
Objeto de repúdio
Desejo de inclusão
Convívio privado
Morada coletiva
Tratado filosófico
Tratada como patologia
Diferencial da normalidade
Fim de todo o gênero humano
Dos enamorados uma sina
Dos assassinos o destino
Da literatura uma Odisséia
Do cristianismo a revelação
Do pensamento o paradoxo inaudito
Do Indivíduo a dimensão religiosa
Eternidade para os predestinados
Hades para os repudiados
Do medo nossa fiel companheira
Do sexo poder para se eternizar
Do meu corpo o estado de putrefação
Meu Eros e meu Tanatos
Da minha vida a consciência da
morte
Da minha morte a certeza mais
objetiva
Das ninfas a que mais me
atrai
Das musas a que mais ovaciono
Do herói trágico o seu ato
Do cavaleiro da fé o seu desígnio
Da tragédia o fim tétrico
Do oráculo o anunciador do destino
Do porvir a incerteza
Do presente a angústia
Do cômico o pranto
Do pranto o gozo
De Cervantes o seu Quixote
Stultia – dicotomia de prazer e dor.
De mestre esse poema. Lindo!! Essa dicotomia é a vida, Maxwell. Gostamos tanto de viver (eu amo a minha vida), depositamos tanta confiança, criamos tantas expectativas nela (na vida) e, mesmo assim, nada pode nos garantir que iremos ser eternamente felizes, que nunca teremos problemas. Filosofei.:)
ResponderExcluirUm abraço e bye...
Oi, Lau. Bela iniciativa em formatar as ideias. Adorei o que li. Parabéns...
ResponderExcluir