Ganhador do Oscar de melhor filme, melhor diretor, melhor som e melhor montagem.
Platoon (
Platoon, 1986), o filme, escrito e dirigido por Oliver Stone - ex-combatente da guerra do Vietnã - é um dos longas de guerra mais bem feito da história do cinema. Platoon trás no seu elenco principal:
Tom Berenger no papel do sargento Bob Barnes, Willem Dafoe como sargento Elias Grodin e, por último, Charlie Sheen no papel do soldado Chris Taylor. O filme conta história do jovem soldado Taylor que se alista a guerra como voluntário. Inexperiente, idealista e nacionalista assume um papel de acreditar estar lutando em pró de seu país, os Estados Unidos. Em guerra cont contra o Vietnã do Norte, soldados americanos são enviados para auxiliar o Vietnã do Sul afim de deter o avanço de forças comunistas na região do Sudoeste Asiático. E é neste clima de tensão que Taylor é enviado ao Vietnã no ano de 1967 para se juntar a Companhia Bravo, 25ª Infantaria, onde vai descobrindo os verdadeiros horrores da guerra. O filme acompanha, também, um formato narrativo feito na 1ª pessoa pelo próprio Taylor contando as atrocidades da política americana e dos efeitos da guerra na vida de todos os soldados participantes do conflito. Há uma cena em que os soldados estão se preparando para uma emboscada e um entre eles pergunta a razão pela qual sempre são enviados. A resposta vem automática partido de um soldado dizendo: "É a política cara. É a política". O diretor, Oliver Stone, revela um dado importante no papel nocivo da política da guerra americana. A maioria dos soldados que foram enviados eram em sua grande totalidade negros, lantinos e pobres. "A maioria, diz Taylor, vem do fim do mundo, pequenas cidades que você nunca ouviu falar (...) A maioria só tem a 6º série, talvez se tiverem sorte tem um emprego esperando por eles numa fábrica. Mas, muitos não tem nada. São pobres, são regenados. Mesmo assim lutam pela nossa sociedade, pela nossa liberdade. É o destino, né? Eles estão lá no fim do poço e sabem disso (...)" O que se percebe, na verdade, é um governo americano sedento de poder mesmo que para isso ignore os seus para alcançar o seu intento. A conquista está acima de qualquer coisa. O que se vê, também, é uma espécie de genocídio entre seus próprios concidadãos, enviando-os a guerra para na front morrerem drasticamente. Outra coisa que se percebe desde o início do filme é a falta de comando. As hierarquias vão aos poucos cedendo espaço para indisciplina. Numa guerra onde matar é o lema e viver é o momento, dificilmente a ordem poderia continuar a ditar as regras. A exemplo disso temos como as drogas, cigarros e bebidas passaram a ser comum entre os soldados e muitas vezes ignorados pelas próprias autoridades do comando militar. Convivendo entre eles, Taylor passou a experimentá-las para tentar esquecer um pouco da loucura do que é está no inferno. O diretor ressalta nas cenas os abusos de poder que eram comum entre os superiores a seus subordinados. Brigas internas e sem o mínimo bom senso de restaurar a ordem que a cada momento desembocava na intolerância. Dois eram os personagens que evidenciam essa força de poder. O primeiro era o sargento Bob Barnes, truculento, tendencioso, insubordinado e desumano, e o segundo era o, também, sargento Elias que mesmo em meio a guerra ressaltava valores humanos. Oliver Stone parece, aqui, propor uma dicotomia da natureza humana. De um lado a paixão, sargento Barnes, e do outro a razão, sargento Elias. E nestas forças está a síntese destas duas naturezas que se fundem no soldado Taylor. Com fortes cenas impactantes, Platoon é um filme extremamente reflexivo, verdadeiro e dramático. Vê-lo não só pela sua qualidade cinematográfica, senão pela clareza e maturidade crítica do seu autor ao idealizá-lo, produzi-lo e atualizá-lo é um dever. A beleza da música é um outro aperitivo estético que pecorrer as cenas de um modo estonteante. Eis um longa, então, para revê-lo e vê-lo, se for o seu caso, e se possível tê-lo em casa Um abraço e até a próxima.
Filmes de guerra sempre produzem excelentes e pungentes reflexões. Lembro-me aqui de outro sobre a guerra do Vietnã, O Franco-Atirador, igualmente emocionante e assustador.
ResponderExcluirAbraços!
Ola caro MAX,saudades de tua visitinha.Platoon foi um grande filme realmente, e tua brilhante postagem deixou a vontade de revê-lo.Uma boa noite e meu maior abraço.SU
ResponderExcluirGrande Max, como vai? Tudo certo?
ResponderExcluirAssisti PLATOON pela primeira vez, ainda no ensino médio por indicação de alguns amigos! Passado alguns anos o assisti novamente e recentemente adquiri o DVD. Realmente trata-se de um grande filme e indispensável em qualquer coleção. As interpretações de William Dafoe e Charlie Sheen são memoráveis e a direção de Stone, impecável! Sem dúvidas, um dos melhores filmes dos anos 80!
Parabéns pela ótima análise e pelo ótimo Post!
Grande Abraço!
Max, quanto tempo! Fico feliz que esteja de volta. Gosto bastante de filmes de guerra, e já faz algum tempo (muito tempo, pra ser sincera) que tenho este filme na minha estante. Só não assisti porque ainda não tive tempo. Não vi, mas sem dúvidas é um clássico do gênero.
ResponderExcluirAbraços, e até breve!
Platoon é um filme muito bom. Oliver Stone já mostrava talento desde o início. Interessante também pelo pequeno papel de Johnny Depp em início de carreira.
ResponderExcluirNa minha opinião, o melhor filme de Oliver Stone, um cineasta talentoso que possui uma carreira bastante irregular. Interessante também pelas curisidades, como Johnny Depp bem novinho e Charlie Sheen quando era um ator sério. Abraço!
ResponderExcluirUm bom filme, lembro que chorei muito, como sempre acontece em filmes de guerra.
ResponderExcluirLuz!
Ana