O termo latino Sapere Aude - Ouse Saber - traduz a essência de todo conteúdo deste blogger. Nosso desejo, aqui, é ajudá-lo a mergulhar em ideias que produzam um bem estar de prazer nesse imensurável mar de conhecimento. Logo, contribuiremos da melhor maneira possível para que indivíduos sejam “libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância” – como imaginava Sócrates. Portanto, saia da caverna, AGORA, e aproveite o máximo que puder. Um abraço...

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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Os Invisíveis - Revolução: Grant Morrison (vol.1)


Os Invisíveis - Revolução (vol.1). Com roteiro de Grant Morrison e participação de vários desenhistas, Steve Yeowell, Jill Thompson e Dennis Cramer, está hq conta a origem dos Invisíveis, um grupo seleto que luta contra forças que conspiram contra a ordem do mundo, e de seus principais participantes, a saber: King Mob, líder dos Invisíveis e responsável pelas estratégias físicas e mentais contra a Conspiração, Ragged Robin, uma telepeta, Lord Fanny, uma travesti brasileira com poderes de magia a serviço dos Invisíveis, Boy, uma ex-policial, agora, a serviço dos Invisíveis e, por fim, Jack Frost (Dane), um jovem problemático e recém recrutado. Rica em distintos elementos, está Graphic Novels transita por temáticas religiosas, políticas, filosóficas e artísticas. A hq não segue una sistematização no conteúdo de sua história. O que parece haver é uma tentativa do autor em produzir uma espécie de confusão mental de forma que nos transporte a não sistematização da existência. Ora, se a existência é confusa
nos cabe, então, redefini-la mesmo tendo a consciência da impossibilidade da tarefa. A história começa quando Dane McGowan, nome que seria mudado para Jack Frost, juntamente com outros dois amigos, Billy e Gaz, munido de um coquetel molotov atira o artefato contra a biblioteca da escola. A atitude desvairada do grupo rendeu consequências nefastas. Após uma nova tentativa de vandalismo eles são pegos e conduzidos para o Lar Harmonia, centro de recuperação para pequenos delinquentes, Está instituição era coordenada pelo Sr. Gelt cujo discurso tem como finalidade robotizar os jovens ao invés de humanizá-los. Dentro das dependências do Lar Harmonia, Dane começa a perceber algo muito estranho. Até que, acidentalmente, ele descobre que um de seus amigos foi levado a fim de conduzi-lo a um tipo de "exame médico" feito para camuflar as experiências macabras da instituição. A experiência consistia em raptar a consciência dos jovens e, em seguida, eram depositadas em um recipiente. A substância armazenada, que mais faz lembrar a massa cefálica, era a  representação da própria consciência. E é aí, então, King Mob surge para resgatá-lo. Fora do Lar Harmonia, King Mob o abandona até que se apresenta um novo personagem - Tom Lôco. Este será um tipo mediador ao universo mágico da consciência ou da magia. Neste instante a realidade se confunde com a fantasia e, por sua vez, nos conduz a diversas formas de possibilidades na compreensão da trama. E em meio a toda esta paranoia Dane manifesta a vontade de voltar ao que ele entende por mundo "normal". Só não sabia ele que já era tarde de mais. Eis, então, as palavras de Tom Lôuco: "Não há como voltar. Puxamos o fio solto nas costura do mundo. Você não acha este mundo menos real do que aquele do qual saiu, acha? Tudo que já lhe aconteceu é real, menos seus sonhos. Pelo menos a
Tom Lôco o guia a ver o mundo
por uma outra perspectiva
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maioria." Nesta Hq Morrison também chama atenção para as questões pertinentes a preservação e cuidado com a natureza. Um dos pontos altos nesta história. Em outro momento o autor ressalta para a existência do "vírus-cidade" que se reflete no universo atual das grandes cidades e corporações e que individualizam por demais as pessoas, desumanizando-as e tornado-as, cada vez mais, indiferentes ao Outro. E após toda a essa preparação Dane se encontra, pela primeira vez, com todos os integrantes do Exército Invisível e só aos poucos ele vai percebendo a sua importância nesta engrenagem. Outras referência aparecem neste encadernado como, por exemplo: o rock na figura dos Beatles, a religião egípcia, indiana, cristã, a literatura do Marquês de Sade, a pintura de Monsieur Poussin em a Arcadia dos Gregos etc. É neste e outros emaranhados de eventos distintos que transcorre este encadernado pelas mãos e mente criativa de Grant Morrison. Espero que tenham gostado. Eu estou embasbacado com tudo que li. Fantástico, simplesmente. Portanto, um abraço e até a próxima.

2 comentários:

  1. vim pesquisar mais sobre essa verdadeira obra-prima do Morrison e cheguei até aqui a esse blog.post muito bem elucidativo e legal! vida longa ao Maxwell e muito sucesso pra voçê!!Marcos Punch.

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  2. Olá, Marcos Punch. Muito obrigado pelas palavras. Agradeço toda atenção. Um abraço.

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