O termo latino Sapere Aude - Ouse Saber - traduz a essência de todo conteúdo deste blogger. Nosso desejo, aqui, é ajudá-lo a mergulhar em ideias que produzam um bem estar de prazer nesse imensurável mar de conhecimento. Logo, contribuiremos da melhor maneira possível para que indivíduos sejam “libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância” – como imaginava Sócrates. Portanto, saia da caverna, AGORA, e aproveite o máximo que puder. Um abraço...

FlashVortex.com

sábado, 24 de novembro de 2012

A Origem - Um filme de Christopher Nolan


Do diretor Christopher Nolan, A Origem (Inception, 2010), o filme trás no elenco principal: Ken Watanabe (Saito), Joseph Gordon-Levitt (Arthur), Ellen Page (Ariadne), Tom Hardy (Eames),Cillian Murphy (Robert Fischer), Dileep Rao (Yusuf), Tom Berenger (Peter Browning), Michael Caine (Miles) e, por fim, Leonardo DiCaprio (Dom Cobb). O filme conta a história de Cobb, um espécie de espião do sonho, cuja capacidade revela a potencialidade de extrair as mais íntimas informações guardadas a sete chaves no inconsciente dos indivíduos. O filme começa já com a tentativa de Cobb e seu amigo Arthur em vasculhar o inconsciente de Saito, um empresário japonês, enquanto  
dormia, afim de encontrar documentos valiosíssimos. No entanto, a tentativa que parecia bem sucedida teve que ser abortada, motivo: as recordações em formas de projeções de  sua ex-esposa, Mal Cobb (Marion Cotillard), falecida acidental-
mente, povoavam o ambiente dos seus sonhos prejudicando todo o andamento da missão. O retorno ao "mundo real" é feito por duas vias, a saber: pelo perigo de morte que em algumas situações estão pre-
sentes no sonho ou por um agente externo que desperta quem estiver sonhando. E foi, assim, que Cobb sendo acordado retorna ao mundo real. A cena em que parece está sendo engolido por uma onda gigante, só existe mesmo em suas projeções mentais, no momento em que sonha. A onda que aparece é similar a banheira onde ele é lançado despertando-o, 
de uma vez, do sonho. É, aí que a trama começa tomar corpus. Saito aparentemente, imune, as extrações percebe que com ajuda de Cobb e sua equipe possa fazer uma inserção, ou seja, introduzir uma ideia na mente de Robert Fischer, filho de um dos seus maiores correntes no ramo empresarial energético. Seu pai, Maurice Fischer (Pete Postlethwaite), está preste a morrer e, logo, Robert Fischer se tornará herdeiro de todo o patrimônio de energia - Fischer Morrow. O objetivo de Saito consiste e em introduzir uma ideia na mente de Fischer afim de que ele deteriorize  o império do pai, levando-o a uma crise sem precedência. Em troca dos serviço, Cobb retornaria aos EUA, aos braços de seus filhos e  todo processo judicial que o
 impede de regressar ao seu país seria extinguido. Cobb aceita o desafio e parte para preparar a sua nova equipe. Em Paris ele vai a procura do seu professor, Miles, e pai de Mal para ajudá-lo em sua tentativa de regressar ao lar. Miles apresenta Ariadne, a arquiteta, que ficara responsável por projetar os distintos níveis no sonho e ensinar aos sonhadores como proceder nele, ou melhor, ela cria o sonho e trás o indivíduo para dentro dele e, em seguida, preenche-o com o seu subconsciente transformado o mundo irreal em real e o real em irreal. Essa linda dialética entre a fantasia
e a realidade segue por todo o longa. Em umas das passagens mais interessantes do filme, Cobb diz a Ariadne: "Quando dormimos, a mente pode fazer quase tudo. (...) No sonho, nossa mente faz isso constantemente. Nós criamos e percebemos nosso mundo simultaneamente. A mente faz isso tão bem, que nem notamos. (...) Os sonhos parecem reais enquanto estamos neles. Só quando acordamos, percebemos que havia algo estranho". E, assim, Sr. Cobb segue construindo sua equipe, a saber: Ariadne (responsável por desenvolver os 3 níveis do sonho em forma de labirinto de maneira que as projeções dos indivíduos não atrapalhem a missão), Arthur (responsável por administrar os planos discutidos em equipe), Eames (responsável por assumir imagem de outras pessoas no sonho), Yusuf (responsável por manipular os sedativos capazes de ajudar na missão dos três níveis) e, por último, Sr. Saito, o empresário do ramo de energia que decide fazer parte da equipe para certificar de tudo ocorrerá bem. É nesta linha de raciocínio que o diretor, Christopher Nolan, vai tecendo a sua trama com uma capacidade fantástica de confluir conteúdos filosóficos cartesianos e, também, psicanalíticos. O diretor, propositalmente, nos leva a uma espécie de sensação de vertigem. Essa sensação nos conduz algumas perguntas intrigantes: Qual o limite entre o real e o irreal?  Como o meu subconsciente afeta minha própria existência? Como e onde encontrar a cura para as minhas fantasias? Sãos as fantasias a cura das minhas frustrações? A Origem, o filme, é um destes trabalhos cinematográficos que nos conduz a reflexões subjetivas e a um universo de questionamentos das mais diferentes vertentes humanísticas. A possibilidade de construir um mundo ideal, perfeito, perene, imutável e eterno é a mais pura idealização de todo o indivíduo, no entanto confrontar com este mundo (terrenal, corruptível, mutável e efêmero) e negá-lo é, portanto, negar a si mesmo, ou seja, a sua própria condição humana. Espero que tenha gostado e até a próxima postagem.

A Origem (2010) - Trailer Oficial


12 comentários:

  1. Amo esse filme e suas indagações.....

    Uma produção que mexeu comigo....belo texto e reflexão.


    abraços

    ResponderExcluir
  2. História louca, mas incrível
    Um dos poucos filmes que valeu a pena ter visto no cinema!

    ResponderExcluir
  3. Querido, obrigada pela presença lá no meu blog...

    Esse filme é mesmo sensacional. Coloca o telespectar se questionar! Refletir!

    :)

    ResponderExcluir
  4. Não vi o filme mas, assim, tão bem explicadinho, em mínimos detalhes, e mais o trailler, é quase como ter assistido. Muito bom!Obrigada!

    Um beijo Maxwell,
    da Lúcia

    ResponderExcluir
  5. Não vi este filme, mas pela sua descrição fiquei com muita vontade de vê-lo. Bom começo de semana e muita luz!
    Ana

    ResponderExcluir
  6. Um filme bastante enigmático. Nolan recebeu os prêmios que recebeu. E quem imaginaria que alcançaria sucesso maior ainda com O cavaleiro das trevas ressurge.

    ResponderExcluir
  7. Quero muito ver esse filme. Já tinha ouvido falar muito bem dele e após ler seu texto, me instiguei ainda mais. Vou aproveitar as férias da Universidade e providenciar...

    Valeu a dica Maxwell,

    Grande abraço

    ResponderExcluir
  8. É um gradioso filme, né, Renato. Não canso de revê-lo. Um abraço...
    *********************************
    É isso mesmo, Marcelo. História louca e incrível. Uma pena não tê-lo visto no cinema. Um abraço...
    ********************************
    É verdade, Rô. Este filme abre um leque de questionamentos e dúvidas. Bem observado. Um abraço...
    ********************************
    Olá, Lúcia. É filme que vale a pena vê-lo. Aproveite. Reserve um tempo. Um abraço...
    ********************************
    Olá, D.bonh. Seja bem-vindo. Veja! Espero que gostes. Um abraço...
    ********************************
    Oi, Ana. Este filme é fantástico, Ana. As ideias contindas nele é de suma relevância. Um abraço....
    ********************************
    Oi, Jefferson. Aproveite, então, irmão. Irás gostar. Um abraço...
    Concordo com você, Gilberto. O sucesso foi merecido. Um abraço...
    ********************************

    ResponderExcluir
  9. Será que este post é um sonho? Assim como o filme? Será que eu vivo o que eu tenho para viver? Christopher Nolan é um dos melhores diretores, produtores e roteiristas desta geração ele consegue fazer com que pensemos sobre assuntos nunca tocados ontem, parabéns pelo post.

    ResponderExcluir
  10. Olá, Gabriel. Esse áinda nao vi irmão. Quero aproveitar lhe desejar um bom fim e inicio de ano. Um abraço...

    ResponderExcluir
  11. Um dos filmes mais incompreendidos que eu já vi, pois há tantos erros de roteiro e idiossincrasias, que só mesmo sendo muito fã ou odiando por completo, para não notar isso.

    Eu acho que esse filme é exemplar e funcional para várias questões da nossa atualidade, pois explora o erro, o auto-engano e as a nossa fixação em fantasiar a realidade... mas ao mesmo tempo não é nada disso.


    E é muito mais.

    Só digo uma coisa, pra começo de conversa, por que o Cobb não concebeu o seu próprio tótem ?

    ResponderExcluir

Fugitivos da caverna comentam, aqui: